Foto: Mohammed Assad / AFP
A Faixa de Gaza, controlada pelo grupo terrorista Hamas, enfrenta uma grave crise humanitária após o ataque do Hamas a Israel no dia 7 de outubro, que deixou cerca de 1.400 mortos e 200 sequestrados. Israel reagiu com uma ofensiva militar e um bloqueio total ao território palestino, cortando o fornecimento de energia, água, alimentos e combustível.
O combustível é essencial para o funcionamento dos geradores que abastecem os hospitais e outras instituições vitais em Gaza, onde vivem 2,4 milhões de pessoas. Segundo o Ministério da Saúde em Gaza, ligado ao Hamas, 4.385 palestinos morreram desde o início da guerra, muitos por falta de atendimento médico adequado.
Neste sábado, um comboio de 20 caminhões com ajuda humanitária entrou em Gaza pelo posto de Rafah, na fronteira com o Egito, após uma negociação entre as partes envolvidas no conflito. No entanto, o Ministério da Saúde em Gaza denunciou que não havia combustível entre os itens enviados e que as vidas dos doentes e feridos estavam em perigo.
“Apelamos à comunidade internacional e ao Egito para que trabalhem imediatamente para trazer combustível e necessidades emergenciais de saúde antes que mais vítimas sejam perdidas nos hospitais”, disse o comunicado do ministério.
Israel alega que o combustível pode ser usado pelo Hamas para fabricar armas e foguetes e impõe restrições à sua entrada em Gaza. A ONU propõe um sistema de rastreamento do combustível para evitar que ele seja desviado para outros fins.
Mais de 100 caminhões com ajuda humanitária aguardam do lado egípcio a autorização para entrar em Gaza, assim como dezenas de estrangeiros que querem sair do território palestino.
O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, pediu um “cessar-fogo humanitário” para “acabar com o pesadelo” durante uma reunião no Cairo com representantes de países árabes e ocidentais. O governo dos EUA apoiou a entrada de ajuda em Gaza e pediu que a fronteira de Rafah permanecesse aberta.
A Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA) informou que 17 dos seus funcionários foram mortos em Gaza desde o início da guerra.
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