Furto de metralhadoras do Exército: polícia encontra nove armas na lama

Entre as armas recuperadas, estão cinco metralhadoras calibre .50, capazes de derrubar aeronaves, e quatro metralhadoras calibre 7,62.

  • Foto: Reprodução / Policia Civil 

    A Polícia Civil de São Paulo encontrou na madrugada deste sábado (21) nove metralhadoras que haviam sido furtadas por militares de um quartel do Exército em Barueri, na Grande São Paulo, em setembro. As armas estavam escondidas num lamaçal numa área de mata em São Roque, no interior do estado.

    Entre as armas recuperadas, estão cinco metralhadoras calibre .50, capazes de derrubar aeronaves, e quatro metralhadoras calibre 7,62. O Exército confirmou que as armas pertencem ao Arsenal de Guerra São Paulo (AGSP) e que foram subtraídas por mais de três militares cooptados por facções criminosas.

    A ação da Polícia Civil foi resultado de uma investigação sobre uma quadrilha que planejava transportar as armas para um veículo em São Roque. Os policiais chegaram ao local e trocaram tiros com pelo menos dois suspeitos, que conseguiram fugir. Ninguém ficou ferido na operação.

    O delegado Marcelo Prado, titular do 1º Distrito Policial (DP) de Carapicuíba, responsável pela investigação, disse ao g1 que as armas estavam muito sujas de barro e que tiveram que ser limpas pelos policiais. Ele negou que a operação tenha sido integrada com o Exército, como informou o Comando Militar do Sudeste (CMSE) em nota à imprensa.

    “Unica e exclusivamente da Polícia Civil de Carapicuíba. Nada do Exército”, afirmou Marcelo. “Nada o Exército passa…”

    Com a recuperação das nove metralhadoras em São Roque, sobe para 17 o número de armas encontradas pela polícia após o furto de 21 metralhadoras do AGSP. Na última quinta-feira (19), a Polícia Civil do Rio de Janeiro localizou outras oito armas (quatro .50 e quatro 7,62) na capital fluminense. Ainda faltam quatro metralhadoras .50 para serem recuperadas.

    O furto das armas só foi descoberto pelo Exército no dia 10 de outubro, mais de um mês após o crime. Desde então, o CMSE iniciou uma investigação interna e restringiu a saída da tropa do quartel. Cerca de 480 militares foram impedidos de irem para casa e tiveram seus celulares confiscados. Mas 320 foram liberados e até este final de semana, 160 continuavam “aquartelados”.

     

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