Foto: Reprodução/Instagram
Victor Bonato, de 27 anos, influencer e líder do Galpão, um movimento religioso que reúne jovens evangélicos em Alphaville, na Grande São Paulo, foi preso temporariamente no fim de setembro, sob suspeita de estuprar três mulheres que frequentavam o grupo. Ele nega as acusações e diz que não pode dar detalhes sobre o caso, que está em segredo de Justiça.
Uma das vítimas entregou à Polícia Civil quatro áudios que teriam sido enviados por Bonato pelo WhatsApp, nos quais ele usa palavras de baixo calão e ordena que ela fique nua e mostre partes íntimas do seu corpo. Segundo o relatório de investigação da Polícia Civil, obtido pelo Metrópoles, os áudios duram 66 segundos no total e indicam que Bonato estava excitado e possivelmente se masturbando enquanto falava com a jovem.
A vítima também contou à polícia que Bonato a tocou sem o seu consentimento em duas ocasiões, quando estavam sozinhos e fora do local onde o movimento Galpão se reunia. Ela disse que ele tentou forçá-la a fazer sexo oral nele e que sempre a ameaçava para que ela não contasse nada a ninguém, usando sua autoridade como líder espiritual. Outros áudios mostram que Bonato insistia para ter relações sexuais com ela e que fazia propostas indecentes.
Os investigadores afirmam que os áudios são evidências de que Bonato se aproveitava da sua influência como líder do movimento Galpão para se aproximar das suas vítimas e violá-las sexualmente. Além dessa vítima, outras duas mulheres, de 19 e 24 anos, também denunciaram Bonato por estupro. Os crimes teriam ocorrido entre janeiro e setembro deste ano.
O movimento Galpão, que realiza eventos para jovens evangélicos de 13 a 27 anos, divulgou uma nota nas redes sociais em que informa que expulsou Bonato do grupo e que repudia qualquer ato que fira a palavra de Jesus.
A advogada de Bonato, Samara Batista Santos, diz que ele nega veementemente as alegações contra ele e que respeita a seriedade das acusações. Ela afirma que ele ainda não foi interrogado na delegacia e que sua versão não é conhecida no processo. Ela diz que seu cliente está detido temporariamente enquanto a investigação está em andamento. Ela também diz que a defesa vai argumentar que os áudios não representam a conversa completa e que todos os atos sexuais foram consentidos. O celular de Bonato foi apreendido para investigação.
Comentários estão fechados.