Foto: Reprodução / Redes Sociais
O ex-deputado federal e ex-procurador Deltan Dallagnol (Podemos-PR) pretende se filiar ao Partido Novo no próximo sábado, mas terá que superar as barreiras do estatuto da sigla, que veta a entrada de pessoas com ficha suja ou sem direitos políticos. Dallagnol foi cassado em maio deste ano pelo TSE, que considerou que ele se exonerou do MPF para evitar punições por sua conduta na Lava-Jato. Ele também foi condenado por abuso de poder em alguns casos da operação.
O estatuto do Novo, aprovado em 2018, exige que os filiados sejam eleitores no pleno gozo dos direitos políticos e que não tenham sido condenados por violação à legislação eleitoral, especialmente por abuso de poder político e econômico. Esses critérios vão de encontro à situação jurídica de Dallagnol, que pode ficar inelegível até 2029. Há, porém, a possibilidade de que ele tente se candidatar em 2022 para testar os limites da cassação.
Dallagnol espera que o estatuto do Novo sofra alterações no encontro nacional da sigla, que ocorrerá no dia 30. Segundo o GLOBO, o partido planeja fazer um “rebranding”, mudando seu logo e seu posicionamento político. O objetivo seria se distanciar das diretrizes originais criadas pelo fundador e ex-membro João Amoêdo e atrair o governador de Minas, Romeu Zema, que cogita deixar a legenda. Essas mudanças teriam despertado o interesse de Dallagnol, que já comunicou sua saída do Podemos.
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