Na hora de escolher um plano de previdência privada, é necessário estar bem informado sobre as opções disponíveis no mercado e suas especificidades contratuais. Uma delas é a forma como o segurado irá resgatar o valor investido. Entre as alternativas está a renda vitalícia.
A Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) orienta as pessoas interessadas em ter um plano de previdência privada a conhecerem o que é e como funciona o investimento antes de realizar a contratação.
Os planos de previdência privada são oferecidos por seguradoras e bancos regulamentados pela Superintendência de Seguros Privados (Susep). Na prática, o titular faz um investimento de longo prazo em que realiza aplicações periódicas para, no futuro, resgatar os valores acrescidos dos rendimentos.
De acordo com a Abefin, os recursos dos segurados são direcionados para um fundo de investimento que reúne diferentes produtos financeiros, de renda fixa e variável. A administração é feita por um gestor profissional.
Na assinatura do contrato, o segurado tem os detalhes sobre o prazo para o resgate, o modelo de renda, o tipo de plano, a tributação e as informações sobre composição do fundo de investimentos, gestão e cobrança de taxas administrativas.
O professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Pedro Leão Bispo, alerta para a importância de ler todas as condições descritas no documento, com atenção, antes de assiná-lo.
Especificidades da renda vitalícia
A renda vitalícia assegura que, a partir da data de resgate estabelecida no contrato, o segurado receberá os valores do investimento enquanto estiver vivo. Na análise da Abefin, a principal vantagem desse modelo é oferecer maior facilidade para o planejamento financeiro. O investidor sabe quanto e quando irá receber.
O cálculo da renda vitalícia é realizado com base no valor e no período de contribuição. Também são considerados fatores como idade do segurado, expectativa de renda e as regras da instituição financeira onde o plano foi contratado.
Indicação de beneficiários é facultativa
No plano de previdência privada com renda vitalícia, a indicação de beneficiários é facultativa. Caso o titular não queira indicar alguém, basta que a decisão esteja acordada em contrato.
No entanto, se a ideia for indicar beneficiários do plano, é preciso conhecer as opções disponíveis pela instituição financeira para fazer a melhor escolha.
Entre as alternativas está a renda vitalícia reversível ao cônjuge com continuidade aos menores. O modelo é indicado para quem já constituiu família. Assim, após a morte do segurado, os valores são pagos para o(a) companheiro(a). Em caso de falecimento do(a) mesmo(a), o repasse segue para os filhos com idade abaixo de 18 anos.
Outra opção é a renda vitalícia reversível ao beneficiário indicado. Nesse caso, após a morte do titular, os valores são pagos para a pessoa indicada no contrato enquanto ela estiver viva. Não há obrigatoriedade de qualquer vínculo familiar.
Por fim, também é possível escolher a renda vitalícia com prazo mínimo garantido. Nesse caso, os beneficiários indicados só recebem o valor quando a morte do segurado acontece dentro do prazo contratual.
Outros tipos de renda
Os planos de previdência privada também oferecem outros modelos de renda, além da vitalícia. As opções são a temporária e a mensal por curto prazo. Manter-se informado também ajuda a esclarecer eventuais dúvidas na hora de fechar o contrato.
No modelo de renda temporária, é estabelecido um período em que o segurado receberá os valores. Após o prazo, os pagamentos são encerrados. Em caso de morte do titular, os recursos ficam retidos na seguradora.
Já na renda mensal por curto prazo, o tempo máximo estipulado para o recebimento dos valores é de 240 meses. Caso ocorra o falecimento do segurado, os pagamentos são revertidos aos beneficiários.
Foto: Freepik
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