Operação prende policial penal e ex-agente do Depen por corrupção em cadeia do Paraná

Eles são suspeitos de receber propinas para beneficiar presos com celulares e serviços de pedreiros e pintores.

  • Foto: Divulgação / Depen

    O Ministério Público do Paraná (MPPR) realizou nesta quinta-feira (21) a Operação Securus Via, que investiga um esquema de corrupção na Cadeia Pública de Laranjeiras do Sul, no interior do Paraná. Quatro pessoas foram presas, entre elas um policial penal e um ex-agente do Departamento de Polícia Penal do Paraná (Depen), que não tiveram as identidades reveladas. Eles são suspeitos de receber propinas para beneficiar presos com celulares e serviços de pedreiros e pintores.

    Segundo o MPPR, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriu dez mandados de busca e apreensão em Laranjeiras do Sul, Cantagalo e Cascavel, com apoio da Corregedoria da Polícia Militar (PM). Além dos agentes públicos, foram detidos dois ex-detentos que teriam feito os pagamentos e um terceiro que já estava preso. O valor total das propinas seria de pelo menos R$ 50 mil.

    Os agentes públicos são acusados de corrupção passiva, lavagem de ativos e prevaricação qualificada. Eles teriam usado outras pessoas para receber as propinas e tentar ocultar a origem dos valores. O policial penal ainda teria usado mão de obra de presos para reformar sua própria casa.

    A operação foi baseada em documentos da Corregedoria do Depen, apreendidos na Operação Sem Privilégios, realizada pelo Depen em dezembro de 2022.

    O Depen informou que o funcionário terceirizado envolvido no caso foi desligado do órgão, e o policial penal, suspenso das funções públicas. Veja a nota na íntegra abaixo:

    “A Polícia Penal do Paraná (PPPR) informa que, em Dezembro de 2022, deflagrou a operação “Sem Privilégios” na Cadeia Pública de Laranjeiras do Sul, e obteve êxito em apreensões de objetos proibidos no interior da Cadeia e irregularidades. O resultado das investigações e procedimentos administrativos adotados pela PPPR nesta operação foi oficializado junto ao Ministério Público e subsidiou a investigação criminal.

    O funcionário terceirizado envolvido foi desligado imediatamente, e o policial penal suspenso das funções públicas, decorrente de decisão judicial.“

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