Bacurau faz balanço dos 10 meses de mandato na Câmara: “O que me motiva é saber da minha capacidade”

Representante do setor cultural, Adriano Bacurau (Rede) assumiu o legislativo maringaense em novembro de 2022, após o licenciamento de Flávio Mantovani.

  • Representante do setor cultural, Adriano Bacurau (Rede) assumiu o legislativo maringaense em novembro de 2022, após o licenciamento de Flávio Mantovani (Solidariedade). Vereador conversou com o Maringá Post neste domingo (17).

    Por Victor Ramalho

    O trabalho social veio muito antes da atividade política. Adriano Bacurau (Rede) já era envolvido com segmentos da Cultura Urbana em Maringá há vários anos e, em meio a tentativas de se lançar a um cargo eletivo, teve seu melhor desempenho eleitoral em 2020, quando alcançou a primeira suplência do Rede Sustentabilidade para a Câmara de Vereadores de Maringá.

    Em novembro do ano passado, em meio ao imbróglio do licenciamento do então vereador Flávio Mantovani (Solidariedade), que assumiu o Procon, Bacurau foi convocado pelo legislativo para assumir a cadeira, em uma cerimônia lotada de representantes do setor cultural. Até então, o parlamentar ocupava o cargo de Diretor de Juventude da Secretaria de Juventude e Cidadania de Maringá.

    O vereador foi o entrevistado deste domingo (17) da Série de Entrevistas do Maringá Post com os membros do legislativo maringaense. À reportagem, Bacurau fez um balanço dos 10 meses de trabalho na Câmara. Confira a entrevista na íntegra abaixo:

    • Para que os eleitores possam te conhecer: O que motivou o senhor a se candidatar a vereador em 2020? 

    R: “Meu compromisso com a vida pública ocorre há muitos anos em Maringá. Como representante da Cultura Urbana, lutei para conquistar muitos avanços para o nosso município e isso criou uma necessidade de levar essa representatividade para a Câmara de Vereadores. É impossível promover avanços para a população, independente do seguimento da demanda, sem dialogar com o setor político. O que me motiva é saber da minha capacidade de viabilizar projetos e demandas da nossa população, além de estar em uma posição em que as autoridades te olhem com o devido respeito, para então promover resultados para o nosso povo”.

    • Você assumiu o mandato já na segunda metade. No entanto, que avaliação faz do próprio trabalho até aqui? Tem algum projeto que você se orgulha mais de ter proposto/aprovado?

    R: “Assumimos o mandato em novembro do ano passado. Nestes quase 10 meses de atuação, estamos trabalhando firmemente para avançar com as pautas que nos trouxeram até aqui e também com novas demandas que surgiram desde então. Penso que quando você assume a função de Vereador, não existe mais um recorte específico daquilo que deve ser trabalhado por sua legislatura. É preciso abrir o leque, dialogar com a população e não só ouvir as demandas, como dar andamento, criar metas e alcançar objetivos, seja via requerimento ou via Projeto de Lei. Essa é a nossa contrapartida para quem confiou o voto em nosso trabalho.

    Um importante projeto que aprovamos que surgiu como uma Pauta de nossa campanha na última eleição foi o reconhecimento da Associação dos Skatistas de Maringá (ASKM) como uma entidade de Utilidade Pública. Este reconhecimento é praticamente um detalhe frente aos mais de 20 anos de atuação de ASKM, mas fazer com que uma Associação tão importante para o avanço do setor esportivo de Maringá se torne Lei Orgânica Municipal, é uma vitória que nos dá orgulho e um impulso para fortalecer outras organizações associativas que precisam de reconhecimento público para se manter em atividade”.

    • Tem algo que o senhor gostaria de ter feito enquanto vereador e ainda não teve a oportunidade? Ou alguma pauta que tentou colocar em discussão e, por algum motivo, não caminhou?

    R: “Nossos objetivos tem caminhado bem aqui na Câmara. Trabalhamos com uma equipe forte e bastante técnica que fomenta boas articulações diante do que entendemos que deve avançar. Nosso objetivo principal é focar a atuação do mandato na periferia, que foi o que permitiu que chegássemos até aqui. Muitas pessoas passam por uma enorme dificuldade social e econômica em nossa cidade. Nós lutamos até o fim pelo coletivo. Trabalhamos em unidade em benefício ao maringaense”.

    • Vemos que o senhor, nas suas explanações, sempre reivindica um olhar do poder público para os bairros. Na sua opinião, quais são as necessidades mais urgentes que os bairros demandam? Elas estão sendo atendidas pelo poder público?

    R: “Temos um projeto que se chama “Meu Bairro Melhor”, onde levamos nosso gabinete para a periferia da cidade para anotar as demandas da população e promover maior proximidade entre o setor público e o povo dos bairros. Todas as demandas que são levantadas com o Meu Bairro Melhor são protocoladas e encaminhadas ao Executivo. A partir do momento que protocolamos as demandas, nossa equipe monitora o andamento dos protocolos e informa o status para os contribuintes que fizeram a solicitação. Dessa forma conseguimos sucesso na grande maioria das demandas que são enviadas ao Executivo. As que não conseguimos sucesso são reportadas e justificadas detalhadamente para o contribuinte.

    Os bairros da periferia tem muitas demandas que precisam de atenção total do poder público. Os problemas que a população enfrenta não podem ser ignorados, muito pelo contrário, precisam ser resolvidos com urgência. Como Vereador, eu dedico o meu trabalho para atender o nosso povo e resolver o máximo de demandas possíveis para melhorar a vida do contribuinte”.

    • Como o senhor classifica a relação da Câmara com o Executivo? E a sua em particular com a Prefeitura?

    R: “De maneira geral, vejo uma relação positiva entre o Legislativo e o Executivo. Um poder não trabalha sem o outro, por isso acreditamos que o diálogo e o respeito devem ser a base para a construção de políticas públicas em nossa cidade”.

    • E a relação do senhor com demais organizações da sociedade civil (Acim, Codem, SRM e similares). É um diálogo produtivo para a cidade? 

    R: “Como Vereador, meu objetivo é reivindicar os interesses da população”.

    • Para o futuro, quais são os seus planos políticos? Tem algum outro cargo ou função que gostaria de exercer?

    R: “Lutamos para permanecer na Câmara de Vereadores e continuar gerando resultados para a população”.

    • Qual avaliação o senhor faz da administração municipal em Maringá? 

    R: “Vejo que a administração tem sido regular e vem atendendo bem nossas reivindicações. Tenho certeza de que sempre vai existir pontos para melhorar, independente do setor. Precisamos trabalhar em conjunto para melhorar cada vez mais a vida da população”.

    • E avaliação dos Governos Estadual e Federal? Visto que tivemos troca de presidente recentemente.

    R: “Regular”.

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    Foto: Marquinhos Oliveira/CMM

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