Foto: WSL / Thiago Diz
O surfista brasileiro Filipe Toledo, de 28 anos, consagrou-se bicampeão da Liga Mundial de Surfe (WSL) neste sábado (9). Ele venceu a etapa final do circuito (WSL Finals), que aconteceu em Lower Trestles, nos Estados Unidos. Na decisão, ele derrotou o australiano Ethan Ewing por 2 a 0, em uma melhor de três baterias.
Filipe, que é natural de Ubatuba (SP), confirmou a hegemonia do Brasil no principal circuito de surfe do planeta. Desde 2014, quando Gabriel Medina foi campeão mundial pela primeira vez, o país levou sete dos nove títulos disputados. Além de Filipe Medina, que tem três conquistas, Adriano de Souza (Mineirinho) e Ítalo Ferreira também foram campeões.
O WSL Finals reuniu os cinco melhores surfistas da temporada. O Brasil teve dois representantes: Filipe o carioca João Chianca, o Chumbinho. Como foi o líder da temporada regular, o paulista foi direto para a final. Chumbinho começou vencendo o australiano Jack Robinson, mas foi eliminado por Ewing na semifinal. O australiano também superou o norte-americano Griffin Colapinto antes de enfrentar Filipe.
Na final, o brasileiro mostrou superioridade e talento. Na primeira bateria, ele fez duas manobras aéreas incríveis e conseguiu notas 9.00 e 8.97, somando 17.97 pontos. Ewing também surfou bem e obteve 17.23 pontos (8.73 e 8.50), mas não foi suficiente para vencer o paulista. Na segunda bateria, as ondas demoraram a aparecer e os surfistas ficaram quase 20 minutos sem pontuar. Filipefoi mais criativo e buscou um 7.50 e um 6.77, totalizando 14.27 pontos. Ewing até conseguiu a melhor nota da bateria (7.67), mas sua segunda nota foi baixa (4.70) e sua somatória ficou em 12.37 pontos, dando o título a Filipe.
No feminino, o título do WSL Finals ficou com a norte-americana Caroline Marks, que derrotou a havaiana Carissa Moore, pentacampeã mundial. A brasileira Tatiana Weston-Webb terminou a temporada na oitava posição.
Olimpíada Em 2024, Filipe vai representar o Brasil na Olimpíada de Paris, que terá as provas de surfe realizadas em Teahupo’o, no Taiti. Além dele, Chumbinho também está classificado entre os homens. O país pode ter uma terceira vaga se for campeão por equipes no Campeonato Mundial da Associação Internacional de Surfe (ISA), no fim de fevereiro. Nesse caso, a vaga seria de Gabriel Medina, como terceiro melhor brasileiro na temporada da WSL.
Entre as mulheres, Tatiana Weston-Webb já tem vaga garantida nos jogos. O Brasil pode ter uma segunda vaga feminina se for campeão por equipes no Mundial da ISA, que seria destinada à melhor surfista do país que ainda não estiver classificada. Luana Silva – que nasceu no Havaí, mas é filha de pais brasileiros – pode ficar com esse lugar extra em Paris 2024.
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