Tecnologias nas salas de aula: uma ameaça à educação no Paraná?

Professores da rede estadual de ensino do Paraná fazem uma mobilização contra o uso de tecnologias nas salas de aula.

  • Foto: SEED / PR 

    Nesta quarta-feira (30), os professores da rede estadual de ensino do Paraná fazem uma mobilização contra o uso de tecnologias nas salas de aula. O ato, chamado de Plataforma Zero, é organizado pela APP Sindicato e não interfere nas aulas, que seguem normalmente em todo o Estado.

    “O objetivo é priorizar a interação humana e o uso de recursos didáticos tradicionais nas aulas, como forma de protesto contra o modelo educacional que coloca as tecnologias no centro do trabalho pedagógico, prejudicando o aprendizado, atacando a autonomia docente e adoecendo professores(as) e estudantes”, explica a entidade que representa os professores.Os professores que trabalham na rede estadual reivindicam a autonomia pedagógica, com o uso de plataformas tecnológicas de ensino como recurso de apoio, e não obrigatório.

    Além da mobilização nas escolas da rede pública, professores e funcionários da educação se reúnem em frente à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), no Centro Cívico de Curitiba, na manhã desta quarta-feira,30.

    A reunião, segundo a APP Sindicato, tem como foco a valorização da classe e a agilidade na reformulação da carreira dos agentes educacionais. Na pauta dos servidores estão a extensão do índice do Piso (13,25%) aos aposentados sem paridade e a isenção do desconto previdenciário até o teto do INSS (R$ 7,5 mil).

    “Com a reforma da Previdência, a contribuição passou para 14% sobre benefícios que ultrapassam três salários mínimos. A taxação injusta faz com que uma professora aposentada receba hoje menos do que recebia em 2019”, completa a APP Sindicato.

    As propostas são discutidas pela entidade e a SEED (Secretaria da Educação) e serão encaminhadas à Secretaria de Administração e Previdência, antes do envio de um Projeto de Lei para avaliação da Alep.

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