Foto: Reprodução
A Polícia Civil prendeu nesta terça-feira (29) três familiares de uma adolescente que foi abusada sexualmente por um homem de 60 anos, em Ivaiporã, no norte do Paraná. O homem, que era tio-avô da vítima, foi encontrado ferido na cabeça em Jardim Alegre, no dia 15 de agosto, e morreu dois dias depois no hospital. Ele era investigado por estupro de vulnerável e outros crimes sexuais contra a sobrinha-neta e outras duas mulheres da família.
Os presos são o pai, a mãe e a madrasta da adolescente, que foram indiciados por lesão corporal seguida de morte. Eles foram detidos em Cambira e Londrina, onde moram, e levados para Ivaiporã, onde corre o processo. A defesa dos acusados nega que eles tenham cometido qualquer crime e diz que o homem foi encontrado embriagado no chão, consciente, e que morreu no hospital por causas desconhecidas.
Segundo o advogado Lucas Eduardo Cardoso, que representa os três presos, a família se apresentou espontaneamente à polícia no dia 18 de agosto e colaborou com as investigações. Ele afirma que a prisão foi desnecessária, pois os seus clientes são cidadãos primários, com profissão e residência fixas. Ele também diz que a família queria que o suspeito de estupro fosse julgado e preso pelos crimes que cometeu contra a adolescente e as outras mulheres.
De acordo com o advogado, os abusos sexuais começaram quando a menina tinha 8 anos e continuaram até ela completar 16 anos. Hoje, ela tem 17 anos e já tentou se suicidar várias vezes por causa do trauma. “A família da criança estuprada se torna vítima constante do estuprador morto. A menina, diante desses fatos, já tentou se suicidar várias vezes, pois se sente culpada por os pais estarem passando por isso”, lamentou Lucas.
O advogado disse que vai pedir a revogação da prisão dos seus clientes ao juiz de Ivaiporã e que confia na Justiça para resolver o caso o mais rápido possível. “A defesa acredita na Justiça do Brasil e acredita no juiz de Ivaiporã que, de imediato, vai atender ao pedido de revogação de prisão mediante a toda essas situações e que não será preciso nem ir ao Tribunal de Justiça pedir um habeas-corpus. Nós entendemos que o próprio juiz comum atenderá como medida de real justiça”, finalizou.
Comentários estão fechados.