De acordo com o ministro dos Transportes do Governo Federal, Renan Filho, o edital das estradas do Lote 3 (ao qual pertence Maringá) deverá ser publicado apenas no começo do ano que vem. Lote 1 foi leiloado na sexta-feira (25).
Por Victor Ramalho
As estradas da região de Maringá permanecerão mais alguns meses sem cobrança de pedágio. A previsão é do ministro dos Transportes do Governo Federal, Renan Filho, que nesta sexta-feira (25) explicou como está o andamento do leilão dos lotes da nova concessão do Pedágio no Paraná. O Lote 1, que contempla estradas do Centro-Sul, Campos Gerais e Região Metropolitana de Curitiba, foi arrematado nessa sexta, em sessão pública na Bolsa de Valores de São Paulo.
De acordo com Renan Filho, os Lotes 3 e 6 deverão ter os contratos encaminhados para análise do Tribunal de Contas da União (TCU) até o fim de setembro. A expectativa é que os editais dessas regiões sejam publicados no começo do ano que vem.
“Até o final de setembro nós vamos mandar os lotes 3 e 6 ao Tribunal de Contas da União, que faz uma avaliação prévia daquilo que nós modelamos, com expectativa de publicarmos o edital no começo do ano que vem. Esse é o planejamento. Os outros dois, que são os lotes 4 e 5, vamos elucidar nos próximos dias”, explicou o ministro.
Quando o Estado começou a preparar o novo modelo de concessão, ainda em 2021, as rodovias do Paraná foram divididas em seis lotes. As estradas da região de Maringá integram o Lote 3. São elas: BR-369, BR-376, PR-090, PR-170, PR-323 e PR-445, com extensão total de 561,97 km de rodovias.
Segundo o Governo do Paraná, a atual divisão do Lote 3 está sob análise da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que deverá dar o aval para o leilão, assim como foi feito com os lotes 1 e 2. A partir da homologação do resultado é que poderá ser definido o prazo para início das intervenções nas rodovias e, consequentemente da reativação das praças de pedágio.
Sobre o primeiro trecho já leiloado, do Lote 1, o grupo Pátria (Infraestrutura Brasil Holding XXI SA) arrematou o trecho ao oferecer um desconto total de 18,25% à tarifa-base por quilômetro rodado de contrato, que agora será de R$ 0,08725. Isso representa um valor 65% menor do que a tarifa por quilômetro rodado que seria cobrada se o Anel de Integração ainda existisse (R$ 0,2543) ou 54% menor do que a última tarifa por quilômetro rodado cobrada (R$ 0,1919).
A nova empresa arrematou 473 quilômetros de rodovias federais e estaduais entre Curitiba, Região Metropolitana, Centro-Sul e Campos Gerais do Paraná e deverá investir pelo menos R$ 7,9 bilhões em obras de melhorias e manutenção em trechos das rodovias BR-277, BR-373, BR-376, BR-476, PR-418, PR-423 e PR-427.
Foto: Divulgação/AEN
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