PM agride e arrasta homem que se abrigava da chuva em supermercado no Paraná

O morador tem uma família conhecida na cidade, mas está nas ruas por problemas psicológicos (ele sofre de esquizofrenia).

  • Foto: Reprodução 

    Um homem em situação de rua foi brutalmente agredido e arrastado por um policial militar em um supermercado de Pitanga, na região central do Paraná, na noite da última sexta-feira (18).

    Nas imagens, é possível ver o PM dando um soco no rosto do homem, que estava embaixo da marquise do mercado, tentando se proteger da chuva. Em seguida, o policial arrasta a vítima para fora do estabelecimento, enquanto outros dois policiais assistem à cena sem interferir.

    Segundo o advogado Jackson Willam Bahls Rodrigues, que defende o homem agredido, identificado como Derinaldo Carraro dos Santos, os policiais chegaram ao local já exaltados, a pedido de um funcionário do supermercado que se incomodou com a presença dos moradores de rua. “Um funcionário do supermercado sentiu-se incomodado com a presença dos moradores de rua ali, e segundo soubemos a ordem é que não tenha nenhum pedinte no estacionamento”, disse o advogado à Banda B.

    O advogado relatou ainda que Derinaldo e seu amigo estavam embriagados e que estavam saindo do local quando o PM desferiu o golpe. “Os dois amigos estavam embriagados, quando já estavam saindo, um PM acabou desferindo um golpe bastante violento contra a face, desacordando por quase 1h30”, afirmou.

    O irmão de Derinaldo — que estava passando pela região — prestou os primeiros atendimentos e encaminhou a vítima para atendimento médico. O morador tem uma família conhecida na cidade, mas está nas ruas por problemas psicológicos (ele sofre de esquizofrenia).

    Em entrevista exclusiva à Banda B, Derinaldo Carraro negou que tenha provocado ou ofendido os policiais e disse que espera que eles sejam punidos. “Eu estava escapando da chuva, não sou uma pessoa maldosa, nem mal educada. A hora que levantei recebi a agressão. Ninguém estava fazendo nada, não reagi, não ameacei e não xinguei. A PM foi mandada por pessoas do mercado. Espero que eles percam a farda”, contou.

    A Polícia Militar do Paraná afirmou que vai investigar as agressões filmadas pela testemunha; diante dos fatos narrados, promoverá a instauração do devido procedimento apuratório para o levantamento de todas as circunstâncias que envolvem a ocorrência, no estrito cumprimento das leis e procedimentos protocolares que orientam a atividade policial.

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