O governador Ratinho Junior (PSD) afirmou nesta quinta-feira (10) que o Programa Energia Solidária, que fornece energia para famílias de baixa renda no Paraná, permanecerá em vigor mesmo diante da venda de ações da Copel (Companhia Paranaense de Energia).
A declaração foi feita à imprensa durante a Agroleite 2023, evento que debate inovações no setor de laticínios e está acontecendo em Castro, na região dos Campos Gerais.
“Se alguém falar que a Copel é que aumenta ou abaixa a conta de luz, está mentindo. Quem faz isso é a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Os programas sociais não mudam nada. Quem faz esses programas não é a Copel, é o Governo do Estado”, declarou Ratinho.
De acordo com o governador, o Energia Solidária atende atualmente a 360 mil famílias, isentando-as do pagamento da tarifa de energia para um consumo de até 150 kWh.
Venda de Ações
Conforme comunicado da Copel ao mercado financeiro, a reserva das ações resultou em um aporte de R$ 4,5 bilhões. Uma investigação da RPC indica que a receita total poderá atingir cerca de R$ 5,2 bilhões se a venda de um lote suplementar for concluída.
Dentro do montante de R$ 4,5 bilhões, o governo estadual receberá R$ 2,634 bilhões, mantendo um controle acionário de 17,9%.
Caso o lote suplementar seja efetivamente vendido, a receita aumentará para R$ 3,160 bilhões, conforme apurado pela RPC. Nessa situação, a participação do Paraná no capital social da empresa será de 15,65%.
Destinação dos Recursos
Conforme o Governo do Estado, os recursos provenientes da venda das ações da Copel serão direcionados para projetos de habitação, educação, infraestrutura urbana e rodoviária, além de iniciativas de sustentabilidade.
Para o setor habitacional, há o compromisso de investir cerca de R$ 500 milhões na modalidade “Valor de Entrada” do programa Casa Fácil.
Na área da educação, o governo pretende destinar R$ 500 milhões para a reforma de escolas estaduais e a construção de escolas de educação especial.
O Executivo estadual também informou que recursos adicionais serão destinados aos programas “Asfalto Novo” e “Vida Nova”, ambos com acordos para pavimentação de vias em cidades de menor porte, construção de parques urbanos e projetos de infraestrutura viária.
Foto: Divulgação
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