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Cerca de 200 imóveis foram danificados após explosões em um silo da cooperativa C.Vale, em Palotina, no oeste do Paraná. O secretário de administração do município Lucas Pedron informou nesta segunda-feira (31) que “todas com pequenos danos, nenhum dano grave que necessite de mobilização. […] A C.Vale está trabalhando primordialmente para o ressarcimento desses danos e atendimento as vítimas” .
Oito trabalhadores, sendo sete haitianos e um brasileiro, morreram . Entre os danos estão portas, vidraças e telhados que foram atingidos por destroços ou mesmo pelo tremor causado pelas múltiplas explosões registradas na quarta-feira (26) .
O delegado de Polícia Civil Rodrigo Batista afirmou também nesta segunda que a prioridade neste momento é localizar o último trabalhador desaparecido, Wicken Celestin, de 55 anos. Ele destacou ainda que a investigação está levantando dados com relação às condições de trabalho dos funcionários.
O gerente de segurança e medicina do trabalho afirmou, segundo o delegado, que todos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e treinamentos aos funcionários estariam em dia. “Já temos uma linha de investigação, principalmente na qualificação e treinamento desses funcionários. Sabemos que é um trabalho que tem risco e com isso, normas tem que ser cumpridas”, afirmou Batista.
Conforme o delegado, todas as documentações exigidas foram entregues pela empresa, inclusive alvará dos bombeiros, em princípio todos regulares. A apuração agora é para saber se houve falha mecânica e de quem é a responsabilidade por todos os danos.
Mais de 30 pessoas devem ser ouvidas nos próximos dias, segundo o Batista, entre elas estão vítimas feridas, familiares e representantes da empresa C.Vale .
“A prioridade é encontrar essa última vítima, aguardamos também os laudos periciais do instituto de criminalística que serão de suma importância para corroborar e nortear a investigação e com isso, ao final do inquérito chegar a elucidação bem clara do ocorrido e se houve, ou não responsabilidades de condutas a serem imputadas”, destacou Batista.
O Ministério Público do Trabalho de Cascavel (MPT) também abriu um inquérito civil para investigar eventuais responsabilidades. Conforme o órgão, a investigação vai tentar descobrir se houve irregularidade por parte da empresa na hora do incidente. “O MPT investigará aspectos relacionados à regularidade dos trabalhadores vitimados pela explosão no silo”, diz a nota.
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