O ex-governador do Paraná, visivelmente incomodado no PT, recebeu a visita da neta de Miguel Arraes, que tenta levá-lo ao Solidariedade. “Ele é um patrimônio que precisa ser ouvido”, destaca o deputado paranaense.
Por Victor Ramalho
Enquanto Roberto Requião recebe o aceno de outros partidos, o líder do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara, Zeca Dirceu, diz que a legenda quer a continuidade do ex-governador do Paraná. A declaração foi dada nessa sexta-feira (28), durante entrevista concedida por Dirceu ao canal do YouTube da Carta Capital.
Requião está insatisfeito no PT. Após ter sido derrotado na disputa pelo Governo do Paraná em 2022, o ex-MDB esperava um convite de Lula para estar presente no primeiro escalão do Governo Federal, o que não ocorreu. Agora, vendo o partido lançar nomes como Gleisi Hoffmann e Zeca Dirceu como pré-candidatos em uma provável eleição suplementar ao Senado, ele começa a receber o assédio de outras siglas.
Conforme o Maringá Post mostrou neste mês, o ex-senador já tem em mãos um convite para se juntar ao Rede Sustentabilidade. Nesta semana, no entanto, foi a vez de Requião receber outro convite, desta vez do Solidariedade. As duas legendas querem o ex-governador como candidato ao Senado, caso o mandato de Sergio Moro (União Brasil) seja cassado pela Justiça.
Na quarta-feira (26), ele recebeu a visita de Marília Arraes, neta do ex-governador de Pernambuco, Miguel Arraes, uma das principais expoentes do Solidariedade. O teor do encontro, no entanto, não foi divulgado.
À Carta Capital, Zeca ressaltou a experiência de Requião e o desejo do PT em tê-lo na legenda, mas ponderou que ele também tem interesse na disputa pelo Senado. “Nós queremos, e eu estou me dedicando, obviamente, para que ele permaneça no PT. Isso não quer dizer que eu concorde com todas as críticas que o Requião faz, como ele também não concorda com todas as minhas opiniões”, declarou.
Foto: Arquivo/Senado Federal
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