Zeca Dirceu aciona Dallagnol na AGU por possíveis danos à Petrobras

Líder do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara dos Deputados quer que o ex-parlamentar seja investigado pela conduta enquanto ainda era procurador da força-tarefa da Lava Jato.

  • Líder do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara dos Deputados quer que o ex-parlamentar seja investigado pela conduta enquanto ainda era procurador da força-tarefa da Lava Jato.

    Por Victor Ramalho

    O líder do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara dos Deputados, Zeca Dirceu, apresentou nessa terça-feira (25) uma representação contra o ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos) na Advocacia-Geral da União (AGU), pedindo apuração da conduta do ex-procurador do Ministério Público Federal (MPF) durante o período em que comandou a força-tarefa da Lava Jato, em Curitiba.

    O anúncio foi feito pelo próprio Zeca, que tem base eleitoral em Umuarama e Cruzeiro do Oeste, nas redes sociais. Conforme o documento, o líder do PT quer que a AGU instaure um procedimento administrativo contra Dallagnol e outros 12 procuradores da Lava Jato. Os alvos da investigação seriam “indícios de potencialidade de dano ao patrimônio da União e de estatal a ela vinculada, a Petrobras”.

    O deputado cita na ação conversas vazadas entre Deltan e autoridades dos Estados Unidos, tratando a suposta divisão do dinheiro que seria cobrado da estatal em multas e penalidades de corrupção. Na visão do parlamentar, a prática configura “desvio de funções constitucionais dos procuradores, ao assumirem o compromisso de desenvolver uma atividade de gestão orçamentária e financeira de recursos, por meio de uma fundação de direito privado, em situação absolutamente incompatível com as regras constitucionais e estruturantes da atuação do Ministério Público”.

    As tratativas entre Dallagnol e os americanos, que teriam ocorrido sem a participação da Controladoria-Geral da União, que é o órgão competente para a atividade, foram reveladas em uma reportagem exclusiva do portal UOL. Conforme o material, as conversas ocorreram por meio de um aplicativo de mensagens, em janeiro de 2016.

    Foto: Reprodução/Redes Sociais

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