Universidades estaduais produzem energia a partir de captação solar – Unioeste
Foto: SETI-PR
A Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) inicia nos próximos dias a geração de energia fotovoltaica por meio de painéis solares em Foz do Iguaçu, no Oeste. Esse será o primeiro câmpus universitário autossuficiente em relação à energia elétrica. A usina recebeu o investimento de R$ 1,04 milhão, aprovado no Programa de Eficiência Energética da Copel.
De acordo com o reitor Alexandre Weber, a Unioeste desenvolveu um projeto de eficiência energética que contempla todos os câmpus da instituição. A proposta vai além da geração de energia por uma fonte sustentável, envolve ações de economia de energia e ações de conscientização e divulgação socioambientais.
“A Unioeste vem buscando se enquadrar nas melhores práticas de desenvolvimento sustentável e busca cumprir a Agenda 2023 e agora temos o câmpus de Foz do Iguaçu autossuficiente em energia e estamos buscando o mesmo para todos os câmpus da universidade. Já temos mais um projeto pronto em fase de busca de recursos e programamos desenvolver a mesma proposta nos cinco câmpus e no hospital universitário”, disse.
Com a usina em funcionamento, o objetivo é gerar toda a energia utilizada no próprio câmpus com a instalação de 572 painéis solares de 550 Watts. Além da usina, e de ações de conscientização para consumo eficiente, a Universidade fará a troca de 2.505 lâmpadas fluorescentes por lâmpadas e luminárias com tecnologia LED.
Outras três universidades estaduais, a UEL, a UEM e a Unicentro, já produzem energia fotovoltaica há mais de três anos. Todas foram contempladas no Programa de Eficiência Energética da Copel.
A usina da UEL está em funcionamento desde 2019, com 1.020 placas de captação solar, que geram em média 400Mwh/ano, ou seja, energia suficiente para manter aproximadamente 220 residências médias durante um ano. Os painéis solares ocupam uma área de aproximadamente 2 mil m² do estacionamento da Clínica Odontológica Universitária.
Na UEM, a geração de energia por meio de captação solar teve início em junho de 2020. Estão instaladas 1.440 placas solares, que produziram em média 574Mwh/ano.
E em dezembro de 2022 foram instaladas 179 placas fotovoltaicas no Pavilhão Didático que gera aproximadamente 80kWp. Assim como nas outras duas instituições de ensino, 4 mil lâmpadas também foram substituídas por equipamentos LED.
Transformando em valores mais próximos ao dia a dia, a energia que foi gerada pelas três usinas fotovoltaicas já instaladas poderia manter 535 unidades consumidoras durante um ano, considerando que em média cada unidade utiliza 152,2 kWh/mês.
AGENDA 2030 – As universidades estaduais do Paraná buscam desenvolver a ciência e inovar em práticas para a sociedade direcionadas para a sustentabilidade. Umas das políticas que orientam novas propostas é a Agenda 2030, das Nações Unidas. Os projetos e ações, como os de eficiência energética, são direcionados para contribuir com o cumprimento do objetivo 7. Energia Acessível e Limpa que integra os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030.
A Agenda 2030 é um pacto global assinado durante a Cúpula das Nações Unidas, em 2015, pelos 193 países membros. O compromisso é composto por 17 ODS que se desdobram em 169 metas, com foco em superar os principais desafios para o crescimento sustentável global até o ano de 2030.
O Governo do Estado, por meio do Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico e Social (Cedes), tem priorizado o planejamento, execução e monitoramento de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento sustentável do Paraná. O intuito é ampliar, cada vez mais, o retorno social das ações governamentais, a partir da implementação e interiorização dos ODS.
COPEL – O Programa de Eficiência Energética da Copel tem como objetivo promover o consumo consciente e combater o desperdício da energia elétrica em todos os setores da economia. A partir de chamada pública, são enviadas propostas para financiamento de projetos que demonstrem a importância e a viabilidade econômica de melhoria da eficiência energética de equipamentos, processos e usos finais de energia. Os investimentos são orientados por diretrizes estabelecidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
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