CNJ decide manter substituto de Moro afastado da Lava-Jato

Decisão do corregedor nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão, foi publicada nessa segunda-feira (17). Defesa do juiz pretende recorrer.

  • Decisão do corregedor nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão, foi publicada nessa segunda-feira (17). Defesa do juiz pretende recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF).

    Por Redação

    Nessa segunda-feira (17), o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu manter o juiz federal Eduardo Appio afastado do comando da 13ª Vara Federal de Curitiba. A decisão é do corregedor Luís Felipe Salomão, em resposta a um recurso impetrado pela defesa de Appio.

    O juiz, que assumiu em fevereiro a função do senador Sergio Moro (União Brasil) no comando da força-tarefa da Operação Lava-Jato, está afastado do cargo desde o dia 22 de maio, acusado de extorsão. Ele é acusado de tentar coagir João Malucelli, filho de Marcelo Malucelli, desembargador do TRF-4 afastado da operação.

    O afastamento se deu após uma decisão do Colegiado do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). A investigação que culminou no afastamento do juiz começou a pedido de Marcelo Malucelli, que se declarou suspeito de analisar processos da Lava Jato pela relação próxima de seu filho com o senador Sergio Moro (União Brasil). João é sócio de Moro em um escritório de advocacia na capital paranaense.

    Em junho, a defesa de Appio questionou o laudo da perícia realizada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª região (TRF-4) sobre os telefonemas com tom de ameaça recebidos por João Malucelli que, supostamente, atribuíram a autoria dos ataques ao juiz.

    Agora, a defesa de Eduardo planeja entrar com uma apelação junto ao Supremo Tribunal Federal (STF). Procurada, a Justiça Federal do Paraná afirmou que não irá se manifestar sobre o assunto.

    Foto: Arquivo/Justiça Federal do Paraná

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