A pauta, que era uma das principais propostas da legenda em 2023, foi rejeitada em primeira discussão na Câmara. Maninho (PDT) faltou no dia da votação e foi cobrado por colegas em um grupo de Whatsapp.
Por Redação
A rejeição da Câmara de Maringá ao projeto de lei que instituiria o feriado municipal do Dia da Consciência Negra fez agitar os bastidores do diretório municipal do Partido Democrático Trabalhista (PDT). O texto foi reprovado em primeira discussão na terça-feira (11), por 6 votos a 5.
O projeto, embora assinado por vereadores de quatro legendas, foi idealizado e articulado pela presidente municipal do PDT, a vereadora Professora Ana Lúcia. O texto era uma das principais apostas da sigla em Maringá para 2023, dada a repercussão que a pauta teve na imprensa local.
A própria parlamentar buscou o apoio de diversas entidades e lideranças, não só de Maringá, mas de todo o Paraná. Entre as pessoas públicas que manifestaram apoio ao projeto, destacam-se Goura Nataraj, deputado estadual e presidente do PDT Paraná, e Leci Brandão (PCdoB), deputada estadual por São Paulo.
Nas redes sociais, Ana Lúcia afirma que o texto será reapresentado à Câmara em 2024. Apoiadores da legenda, no entanto, acreditam que o projeto de lei poderia ter tido um resultado diferente, não fosse a ausência do vereador Maninho, filiado ao PDT e que faltou na sessão de terça-feira (11).
Ao plenário da Casa, o parlamentar alegou ter faltado na sessão por problemas de saúde. A situação, no entanto, não o impediu de ser cobrado em um grupo de Whatsapp que reúne filiados da sigla em Maringá, conforme revelou o jornalista Ângelo Rigon, no portal Maringá News.
Na resposta a um membro do grupo em específico, que não foi identificado, Maninho afirma ter ajudado Professora Ana Lúcia financeiramente, quando a mesma foi candidata. “Quando Ana sai candidata ajudei ela financeiramente. […] Você não me conhece, então não fale de mim”, argumenta o vereador.
A doação do parlamentar a suposta campanha, no entanto, não consta na prestação de contas que Professora Ana Lúcia declarou à Justiça Eleitoral em 2022, quando foi candidata a deputada estadual. Na campanha passada, a vereadora alegou ter gasto pouco mais de R$ 168 mil, sendo que 60% do valor veio do diretório estadual do PDT. O restante está dividido entre quatro doadores de campanha e a própria Ana Lúcia, que utilizou recursos próprios.
Em contato com o Maringá Post nesta sexta-feira (14), a assessoria de imprensa da vereadora nega que ela tenha recebido dinheiro de Maninho para a campanha de 2022. A reportagem também tentou contato com Maninho para comentar o assunto, mas não teve retorno.
Imagem Ilustrativa/Arquivo/PDT
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