A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (5) a Operação Ciclo Fechado em São Paulo, com o intuito de apurar crimes de falsidade ideológica eleitoral, apropriação indébita eleitoral e lavagem de dinheiro ocorridos durante as eleições de 2022.
Um dos alvos dessa ação é o conhecido coach Pablo Marçal, que foi pré-candidato à Presidência da República pelo PROS no último pleito.
As investigações revelaram que Marçal e seu sócio realizaram doações milionárias para campanhas eleitorais, sendo que uma parte considerável desses recursos foi posteriormente direcionada às empresas de sua propriedade.
No total, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão, tanto nas residências dos investigados quanto nas sedes das empresas supostamente envolvidas.
Antes de se envolver na política, Marçal teve altos e baixos em sua trajetória. Inicialmente, ele demonstrou interesse em concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados, porém, o PROS decidiu oficializar sua candidatura à Presidência da República durante um evento em Barueri, em maio.
Posteriormente, o partido retirou sua candidatura em agosto, contra sua vontade, o que o levou a apoiar Jair Bolsonaro, do PP.
No início de 2022, Marçal ganhou destaque na mídia após colocar 32 pessoas em risco durante uma expedição motivacional ao Pico dos Marins, localizado em Piquete, interior de São Paulo.
Após uma tempestade, o grupo ficou preso no topo da montanha e precisou ser resgatado pelos Bombeiros. Os profissionais criticaram a conduta irresponsável do coach, destacando que ele colocou a vida das pessoas em perigo.
Além disso, Marçal enfrentou obstáculos em sua candidatura, incluindo o indeferimento pelo TRE-SP como candidato a deputado federal em setembro. Mesmo diante dessa decisão, ele seguiu concorrendo com um recurso pendente de análise pela Justiça Eleitoral. Vale ressaltar que sua candidatura à Presidência da República também foi barrada anteriormente pelo TSE.
A Operação Ciclo Fechado, conduzida pela Polícia Federal, representa um esforço para combater os crimes eleitorais e investigar práticas fraudulentas que comprometem a integridade do processo democrático. A apuração dos fatos e a responsabilização dos envolvidos são fundamentais para preservar a transparência e a confiança no sistema eleitoral brasileiro.
Foto: Reprodução
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