A suspensão foi decidida durante Assembleia nessa quarta-feira (7). Conforme o sindicato que representa os servidores, suspensão será por 30 dias. Atividades devem voltar já na segunda-feira (12).
Por Victor Ramalho
Docentes da Universidade Estadual de Maringá (UEM) decidiram, em assembleia realizada nessa quarta-feira (7), pela suspensão do movimento grevista instaurado na instituição desde o dia 12 de maio. Conforme a Seção Sindical dos Docentes da Universidade Estadual de Maringá (Sesduem), a paralisação será por 30 dias. As aulas devem ser retomadas na instituição já na segunda-feira (12).
Em comunicado nas redes sociais, o sindicato que representa os docentes da UEM afirmou que a proposta de carreira (que contém alteração no piso e mudança de adicional de titulação) foi encaminhada para a Casa Civil do Governo do Paraná. O movimento deverá acompanhar o andamento da matéria no Governo do Paraná e, caso não exista avanço em 30 dias, a greve poderá ser retomada.
As assembleias ocorreram simultaneamente nos sindicatos que representam os docentes das 7 universidades estaduais do Paraná. A adesão ao fim da greve, no entanto, não foi unânime. Até o momento, apenas Universidade Estadual de Maringá (UEM), Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) deliberaram pela paralisação do movimento.
Também em assembleias realizadas nessa quarta-feira (7), professores da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Universidade Estadual do Paraná (Unespar) e Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) decidiram pela continuidade da greve em todos os campi das instituições.
Docentes do ensino superior no Paraná reclamam perdas de reposição salarial que, segundo eles, chegam a 42%. Não há reposição salarial para a categoria há 7 anos. Neste ano, o governador Ratinho Junior (PSD) sinalizou com uma proposta de reposição de 5,79%, com pagamento previsto para agosto. Os sindicatos, no entanto, ainda não responderam a proposta.
Em todo o Paraná, são cerca de 87 mil alunos matriculados em universidades estaduais. Por meio de nota, a Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti) informou que “tem discutido as pautas que envolvem as demandas de professores e funcionários das universidades estaduais com lideranças e sindicatos que representam as categorias. A proposta de reformulação das carreiras foi apresentada e encaminhada para avaliação das demais áreas do Estado, uma vez que envolve aspectos orçamentários. Nesse sentido, a Secretaria entende que a greve é precipitada e pode prejudicar o diálogo.”
Foto: Arquivo/UEM
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