Em Maringá, 25 voluntários já estão trabalhando na confecção do doce, que este ano terá 120 metros de comprimento. Convites já estão sendo vendidos antecipadamente.
Por Victor Ramalho
No Brasil, a tradição já existe há pelo menos três séculos. Anualmente, no dia 13 de junho, é comemorado o Dia de Santo Antônio. A data, que vem apenas 1 dia depois do Dia dos Namorados, ajuda a manter viva a crença criada em torno da imagem de Santo Antônio de Pádua, popularmente conhecido como “Santo Casamenteiro”.
Diz a tradição que o frade franciscano costumava ajudar noivas que não tinham dinheiro para montar o enxoval do casamento, recolhendo doações, isso já nos anos finais de sua vida, quando deixou Lisboa, em Portugal, para viver em Pádua, na Itália, no século XII.
Não se sabe ao certo quando o costume começou, mas tradicionalmente, as Paróquias que carregam o nome do Santo espalhadas pelo Brasil vendem, todo o dia 13 de junho, o famoso Bolo de Santo Antônio. O doce carrega uma série de medalhinhas na massa, que são postas ainda durante o preparo. Diz a lenda que os solteiros que encontram a medalha no pedaço de bolo irão se casar em breve. Para aqueles que já são casados, encontrar a medalha é sinal de prosperidade na união.
Em Maringá, a Paróquia Santo Antônio de Pádua, na Vila Santo Antônio, realiza a confecção e venda do bolo desde o ano 2000, ajudando a contar muitas histórias de homens e mulheres que estão em busca do parceiro(a). Neste ano, a confecção do bolo já começou, com a ajuda de 25 voluntários que se revezam em turnos para montar o bolo que, em 2023, promete ser o maior ali já produzido: 120 metros de comprimento.
A Andreia Teles é voluntária na confecção do bolo há vários anos. Ela diz que a expectativa para esse ano é a melhor possível. “Este ano teremos tamanho maior, com 120 metros de bolo. Temos muitos voluntários trabalhando e o preparo do bolo é maravilhoso. A produção é dividida em várias etapas, tem o preparo da massa, o resfriamento, aí no sábado iremos concluir o recheio e a embalagem. Este ano, venderemos os pedaços já embalados”, conta.
Para o bolo deste ano, serão 3 medalhinhas de ouro e 10 de prata, além de outras 3 mil de aço. Os pedaços custarão R$ 5 e os convites são vendidos antecipadamente, na secretaria da Paróquia e também nos plantões após as missas. No domingo (11) ocorrerá apenas a retirada dos pedaços, das 7h às 14h.
Foto: Arquivo/Arquidiocese de Maringá
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