A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados ratificou nessa terça-feira (6) a cassação do deputado paranaense. Em discurso para a imprensa, Dallagnol afirmou que a Câmara “se curvou para uma decisão injusta”.
Por Victor Ramalho
Nessa terça-feira (6), a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados decidiu manter a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que cassou o mandato de Deltan Dallagnol (Podemos), deputado federal mais votado do Paraná em 2023. O Tribunal havia decidido pelo afastamento do parlamentar no dia 16 de maio.
Na saída do Congresso Nacional, Dallagnol falou com jornalistas e fez um discurso tranquilo, apesar de mostrar indignação com a decisão. Durante a fala, o agora ex-parlamentar afirmou que o Congresso Nacional se curvou ao TSE.
“Hoje a Mesa decidiu se curvar diante de uma decisão injusta. Decidiu se curvar a criação da lei pelo poder Judiciário. Hoje, a casa do povo se curvou contra a vontade do povo”, afirmou.
Atrás dele, assessores seguravam placas com os dizeres “345 mil vozes caladas”, em alusão a quantidade de votos recebida pelo ex-procurador do Ministério Público Federal (MPF). Questionado se ainda tentará reaver o mandato, Deltan afirmou que “lutará até o fim”, mas não soube dizer qual instrumento jurídico usará para isso.
“Eu lutei e vou lutar até o fim pelos 345 mil eleitores. Vou recorrer até o fim, não por um cargo, não por um mandato, mas pelas pessoas que saíram de suas casas e foram até as urnas depositar o seu voto em mim”, disse.
Ao fim da coletiva, o ex-coordenador da força-tarefa da Lava Jato afirmou que sai do Congresso “em paz com seus eleitores”. “Deixo o Congresso Nacional com a paz de quem honrou seus eleitores. Com a paz de quem não foi cassado por cometer algum crime”, finaliza.
No Twitter, diversos parlamentares de direita se solidarizaram com Dallagnol, entre eles os deputados federais Bia Kicis (PL-DF), Nikolas Ferreira (PL-MG), além do senador Eduardo Girão (Novo-CE) e Eduardo Ribeiro, presidente nacional do Novo.
Foto: Arquivo/Câmara dos Deputados
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