Defesa de Appio questiona laudo usado para afastamento do juiz da Lava Jato

Advogados do juiz pedem o retorno imediato do magistrado ao cargo. Ele está afastado desde o dia 22 de maio.

  • Advogados do juiz pedem o retorno imediato do magistrado ao cargo. Ele está afastado desde o dia 22 de maio.

    Por Redação

    A defesa do juiz federal Eduardo Appio, recentemente afastado da 13ª Vara Federal de Curitiba, apresentou uma perícia à Corregedoria Nacional de Justiça, questionando a decisão do afastamento. Eles pedem o retorno imediato do magistrado às funções. As informações são do portal G1.

    O resultado da perícia foi apresentado nessa segunda-feira (5). Appio, que desde fevereiro estava no comando da operação Lava Jato em Curitiba, foi afastado no dia 22 de maio, acusado de tentar coagir João Malucelli, filho de Marcelo Malucelli, desembargador do TRF-4 afastado da operação.

    O afastamento se deu após uma decisão do Colegiado do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). A investigação que culminou no afastamento do juiz começou a pedido de Marcelo Malucelli, que se declarou suspeito de analisar processos da Lava Jato pela relação próxima de seu filho com o senador Sergio Moro (União Brasil). João é sócio de Moro em um escritório de advocacia na capital paranaense.

    A ameaça, conforme a investigação, teria ocorrido em um telefonema, feito para João Malucelli de um telefone privado. A perícia feita pelo próprio TRF-4 teria atestado que a voz da ligação era de Eduardo Appio. O juiz nega a acusação, assim como a perícia de seus advogados questionam o resultado do laudo.

    O laudo questionado pelos advogados de Appio, segundo o TRF-4, foi feito em apuração da Polícia Federal e analisou o telefonema. O tribunal afirma que a perícia concluiu que a voz de quem fez a ligação “se assemelha” a de Appio. O resultado, de acordo com o relatório citado pelo TRF-4, não deu certeza de que a voz pertenceria à Appio.

    Ao apresentar o laudo à Corregedoria, a defesa do juiz afirma também que os celulares através dos quais forma realizados os supostos diálogos não foram apreendidos ou periciados.

    Foto: Arquivo/Justiça Federal do Paraná

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