Você já ouviu falar em superdotação? Esse é um fenômeno que se refere a pessoas que são acima da média em algumas habilidades.
Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), cerca de 5% da população mundial tem altas habilidades ou, no popular, são superdotadas. Isso equivale a mais de 10 milhões de pessoas.
Para discutir um pouco sobre esse assunto, o Maringá Post convidou o psicólogo e pesquisador Gabriel Tada Bertelli para uma entrevista exclusiva no “Papo de Especialista”.
De acordo com Gabriel, há três critérios básicos para caracterizar a superdotação:
- Ter uma habilidade acima da média;
- Ter uma criatividade aguçada;
- Ter persistência para o desenvolvimento da tarefa – e isso não tem a ver apenas com aquilo que se gosta.
Isso quer dizer que não basta possuir uma habilidade – também é necessário sustentá-la em uma alguma medida. É preciso ser criativo e ser capaz de propor novas soluções. Além disso, a superdotação é algo que precisa ser desenvolvido e incentivado.
Embora todas essas características pareçam ser extremamente favoráveis, Gabriel lembra que a superdotação também carrega muitos estigmas, que dificultam o desenvolvimento pessoal desses indivíduos.
Em primeiro lugar, tanto o ambiente familiar quanto o escolar podem não estar preparados para atender às necessidades de uma pessoa com superdotação. Da mesma forma, os indivíduos superdotados podem ter dificuldade em se adequar aos padrões exigidos pela sociedade, o que pode levar ao isolamento.
Quando isso acontece, o indivíduo vai se “moldando” ao que é esperado socialmente e acaba “perdendo” a sua habilidade.
Para evitar que isso aconteça, Gabriel reforça o quanto o diagnóstico é importante. O diagnóstico é essencial para identificar corretamente esse fenômeno e ajudar o indivíduo superdotado a entender a si mesmo, possibilitando o desenvolvimento de suas habilidades e sua evolução como ser humano.
Confira a entrevista completa com o psicológoco Gabriel Tada Bertelli a seguir:
Imagem: Freepik / Foto criada por @jcomp
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