Em entrevista à Folha de S. Paulo, o agora ex-deputado federal diz que a decisão foi combinada entre ministros do TSE. Ele direcionou críticas ao relator do caso, Benedito Gonçalves.
Por Redação
O ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos) acusa ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de combinarem entre si os votos da decisão que cassou o mandato do parlamentar. A afirmação foi feita durante entrevista do ex-procurador do Ministério Público Federal (MPF) à Folha de S. Paulo, publicada nessa terça-feira (23).
Ao jornalista Matheus Teixeira, Deltan afirma que os sete ministros da corte combinaram a decisão de retirar seu mandato antes mesmo do assunto ser julgado pelo plenário do TSE. Durante a fala, o ex-coordenador da força-tarefa da Operação Lava-Jato direcionou as críticas mais pesadas ao relator do caso, Benedito Gonçalves.
Segundo Dallagnol, Gonçalves “entregou sua cabeça” esperando por uma indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro é corregedor-geral da Justiça Eleitoral e também atua no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
“O ministro condutor do voto trouxe um voto que objetiva entregar a minha cabeça em troca da perspectiva de fortalecer a sua candidatura ao Supremo”, afirmou Deltan à Folha.
Na mesma entrevista, o agora ex-deputado afirma que os integrantes do Tribunal Superior Eleitoral foram influenciados pelo Governo Lula e diz que mantém a esperança de a Mesa Diretora da Câmara mantê-lo no cargo. Leia a entrevista completa na Folha de S. Paulo.
Foto: Arquivo/Câmara dos Deputados
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