Conselho do TRF-4 afasta substituto de Moro na Lava-Jato

Eduardo Appio, que assumiu em fevereiro a 13ª Vara Federal de Curitiba, é suspeito de fazer ameaças contra um sócio do atual senador. 

  • Eduardo Appio, que assumiu em fevereiro a 13ª Vara Federal de Curitiba, é suspeito de fazer ameaças contra um sócio do atual senador.

    Por Redação

    O juiz Eduardo Appio, que em fevereiro assumiu o comando da 13ª Vara Federal de Curitiba, berço da força-tarefa da operação “Lava-Jato”, foi afastado do cargo nessa segunda-feira (22), pelo Conselho do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).

    Appio estava ocupando o cargo que um dia foi do atual senador pelo Paraná, Sergio Moro (União Brasil), mas é suspeito de fazer ameaças, mediante uma ligação telefônica, para um sócio do ex-juiz da Lava-Jato. A vítima seria João Eduardo Barreto Malucelli, que é filho do desembargador federal Marcelo Malucelli. As informações são do portal G1.

    Conforme apuração do G1, João Eduardo é sócio de Moro. Em abril, o pai dele, Marcelo Malucelli, se declarou suspeito para analisar casos que envolvem a Lava-Jato.

    Na ligação feita ao filho do desembargador, que foi feita de um número bloqueado e usando o nome de um servidor que não está registrado na Justiça Federal da 4ª Região, teria sido mencionado valores a devolver e despesas médicas de João Malucelli, “como se detivesse informações de cunho relevante, capazes de causar algum tipo de intimidação, de constrangimento ou de ameaça”, segundo o relatório do conselho.

    Ainda segundo o relatório do TRF-4, há “muita semelhança entre a voz do interlocutor da ligação telefônica suspeita e a do juiz federal Eduardo Fernando Appio, tendo então a Presidência do TRF4 e a Corregedoria Regional noticiado esses fatos à Polícia Federal e solicitado realização de perícia para comparação do interlocutor da ligação suspeita com aquele magistrado federal”.

    Agora, Appio terá 15 dias para apresentar defesa. Ao G1, o atual juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba afirmou que ‘não sabe de nada’ sobre seu afastamento.

    Foto: Arquivo/Justiça Federal

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