Deputado federal por Maringá, Sargento Fahur teria irritado o principal líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), Marco Camacho, o Marcola, após dizer em um podcast: “Eu estive no presídio federal de Brasília, onde está o Marcola, e os caras contaram para mim que o Marcola toma medicamentos fortíssimos, que, se ele não tomar, ele c… sangue. […] Ele enfiava a bateria e ela foi soltando lá o produto, então hoje ele tá podre. Se não tomar remédio, c… sangue.”
Por conta das falas do maringaense, Marcola ajuizou uma interpelação judicial contra o deputado federal. O chefão do PCC quer que sejam esclarecidas as afirmações dadas em uma entrevista recente para um podcast. A medida tem fundamento no artigo 144, do Código Penal, e consiste numa preparação para eventual ação penal privada de crime contra a honra.
O advogado de Marcola interpelou ao STF pedido para que a Corte determine que Fahur explique se buscou confirmar, inclusive junto ao prontuário médico do presidiário, a informação divulgada ao público, pedindo ainda qual teria sido “justa causa” de dada divulgação, haja vista tratar-se de informação “relativamente sigilosa”.
Em contato com a reportagem do Maringá Post, a assessoria do deputado federal Sargento Fahur disse não ter sido notificada pelo STF sobre esse caso.
Marcola já foi tema de falas e vídeos do deputado maringaense em outras oportunidades. A mais recente delas data de 14 de abril deste ano: em vídeo publicado em seu canal no Youtube, o parlamentar vai até o Complexo Penitenciário da Papuda conferir de perto se o líder do PCC realmente havia fugido do sistema penitenciário federal, em Brasília.
Com mais de 35 mil visualizações, o vídeo, que tem duração de pouco mais de 2 minutos, mostra Sargento Fahur em frente ao sistema penitenciário desmentindo a informação de que Marcola poderia ter fugido da cadeia. “Mentira! Marcola está guardado! Os grupos estão divulgando que o Marcola fugiu, mas é mentira. Marcola está guardadinho, está preso, trancado!”, disse o deputado de Maringá.
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