Na Fase 1 de operação do complexo hospitalar, deverão estar em funcionamento 37 leitos pediátricos e 10 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Instalação da rede lógica deverá estar concluída em 120 dias.
Por Victor Ramalho
Pouco mais de cinco anos após a assinatura da Ordem de Serviço, o Hospital da Criança de Maringá está perto de entrar em funcionamento, pelo menos é o que garante a Prefeitura de Maringá. Sem dar uma data para a abertura oficial, o município afirma que o complexo hospitalar deverá entrar em operação ainda em 2023.
No momento, o Executivo finaliza os trâmites para a contratação da empresa que fará a instalação de toda a rede lógica e de informática do Hospital. Uma empresa de Maringá foi a vencedora da licitação, de Nº 60/2023, ao custo de R$ 5,1 milhões. O prazo de conclusão do serviço é de 120 dias.
Além da rede lógica, a Prefeitura afirma que ainda aguarda a conclusão de serviços na área externa da construção, que envolvem rampas de fuga, exigidas pelo Corpo de Bombeiros, e outros serviços na parte interna, como a rede de gases medicinais e a instalação de Raio X, máquinas da cozinha e equipamentos médicos.
As obras internas foram concluídas em 2022. No momento, resta a conclusão das obras do entorno, que são de responsabilidade da Prefeitura de Maringá. Uma empresa foi contratada pelo município em novembro de 2021 ao custo de R$ 8,8 milhões e deveria concluir o trabalho em 7 meses. Ao longo dos trabalhos, o município pagou um aditivo de R$ 1,7 milhão pelo serviço, que está sendo executado há 1 ano e 6 meses. De acordo com o medidor publicado no Portal da Transparência, atualmente a obra está 88% concluída.
Após toda a questão de infraestrutura estar finalizada, o município poderá dar início ao processo de concessão. Em fevereiro, o Maringá Post mostrou que o custo estimado de funcionamento do Hospital da Criança, depois de concluído, poderia chegar a R$ 14 milhões por mês, quando a unidade operar com 100% da capacidade. Na fase inicial, a projeção é de custos de até R$ 4,5 milhões mensais, repartidos em três partes iguais: Município, Governo do Estado e Governo Federal. Cada parte deverá entrar com aproximadamente R$ 1,5 milhão.
A assinatura da Ordem de Serviço para construção do Hospital da Criança completou cinco anos no dia 1º de março. As obras iniciaram em 2019 e, na época, tinham prazo de conclusão previsto de 12 meses, mas a entrega foi adiada em, pelo menos, três oportunidades. O investimento para a construção do complexo foi de aproximadamente R$ 150 milhões, divididos em um modelo quadripartite, que contou com a participação do Governo do Paraná, do Governo Federal, Prefeitura de Maringá e Organização Mundial da Família (OMF).
Funcionamento como Ambulatório “não é projeto do município”
Em entrevista à rádio Jovem Pan Maringá no dia 5 de maio, o secretário de Saúde do Paraná e deputado federal licenciado, Beto Preto (PSD), afirmou que para dar celeridade no processo de abertura do Hospital, a unidade poderia começar funcionando como um ambulatório, com 37 leitos pediátricos.
Originalmente, a unidade foi construída para acomodar 160 leitos. A reportagem consultou a Prefeitura de Maringá sobre a possibilidade, que informou que a abertura da unidade como um ambulatório “não é projeto do município”. De acordo com a Secretaria Municipal de Comunicação (SeCom), a abertura de 37 leitos pediátricos está prevista na fase 1 de operação, que contaria ainda com 10 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), 60 leitos de internação hospitalar clínica e cirúrgica, além do início do serviço de oncologia pediátrica, de forma progressiva.
Busca por recursos federais continua
Em março, durante encontro nacional da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) em Brasília, uma comitiva de Maringá, representada pelo prefeito Ulisses Maia (PSD), o secretário de Saúde Clóvis Melo e demais autoridades do município esteve em reunião com representantes do Ministério da Saúde, para apresentar o modelo de gerenciamento do Hospital e solicitar a participação da União no custeio.
O encontro foi mediado através de deputados que representam a bancada paranaense em Brasília, como Toninho Wandscheer (Progressistas), líder do Paraná no Congresso, além do próprio Beto Preto.
De acordo com a Prefeitura de Maringá, Secretaria Municipal de Saúde e Agência Maringaense de Regulação (AMR) estão trabalhando na articulação com deputados federais, estaduais e o Governo do Estado para que esses recursos sejam aprovados e a Prefeitura possa abrir o processo de concessão.
Foto: Geraldo Bubniak/Arquivo/Agência Estadual de Notícias
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