No Twitter, o senador maringaense disse estar “estarrecido” com o veredito do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Outras figuras públicas também se solidarizaram com o deputado.
Por Victor Ramalho
O senador maringaense Sergio Moro (União Brasil) é uma das figuras públicas que se manifestaram com descontentamento pela cassação do mandato do deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos), proferida na noite desta terça-feira (16) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Em seu perfil no Twitter, o ex-juiz da Lava-Jato afirmou estar “estarrecido” com a decisão da corte. Segundo ele, “uma voz honesta na política que sempre esteve em busca de melhorias para o povo brasileiro” ficou de fora do Congresso. Na mesma publicação, Moro afirma que “Perde a Política” sem Dallagnol em Brasília.
Somando todas as redes sociais, Moro fala para uma base de mais de 7 milhões de pessoas. Somente no Twitter, onde a publicação foi feita, são mais de 4 milhões de seguidores. Na publicação, no entanto, o ex-ministro não proferiu ataques ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Sergio Moro e Deltan Dallagnol trabalharam em conjunto durante a Operação Lava-Jato, que culminou com a prisão do hoje presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2018. Dallagnol, enquanto procurador do Ministério Público Federal (MPF) no Paraná, conduziu a força-tarefa da operação, enquanto Moro, ainda na condição de juiz, julgou os casos na 13ª Vara Federal de Curitiba.
A proximidade da dupla se deu também durante a campanha eleitoral de 2022 e gerou insatisfação de pessoas próximas, pelo fato deles serem de partidos distintos, o que poderia configurar “infidelidade partidária”. Moro e Dallagnol se filiaram juntos no Podemos, mas o ex-juiz deixou a legenda e rumou ao União Brasil, onde foi eleito senador.
Sergio Moro não foi o único político a se solidarizar com o ex-procurador da Lava-Jato. No Twitter, o também deputado estadual cassado por São Paulo, Arthur do Val (União Brasil), popularmente conhecido como “MamãeFalei”, afirmou que o parlamentar paranaense é vítima de “uma manobra de perseguição”.
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
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