O dia 25 de maio, conhecido como o Dia da Indústria, está marcado para a apresentação de um plano audacioso do governo: a reativação da produção de carros populares no Brasil.
O programa, ainda em estágio final de ajustes, visa promover uma série de incentivos para reaquecer a cadeia industrial automobilística.
O projeto não está limitado apenas às montadoras de automóveis, estendendo-se para todo o setor industrial. O plano inclui linhas de crédito para a indústria, reduções fiscais, aumento da produção nacional de bens manufaturados e um programa de financiamento para veículos.
Os principais destaques do pacote a ser anunciado são:
Preços dos veículos: O foco principal do plano é nos carros de entrada, com um objetivo de reduzir o preço inicial para um intervalo de R$ 50.000 a R$ 60.000.
Carros movidos a etanol: A proposta inicial do governo de vincular benefícios a carros 100% movidos a etanol será reconsiderada, em função de preocupações da indústria e do mercado.
Renault pode liderar o programa: O Renault Kwid, o carro mais acessível atualmente no Brasil, é o candidato provável para ser o primeiro a se adequar ao programa de incentivo.
Redução de preço para carros mais ecológicos: Marcas que não oferecem modelos de baixo custo podem obter redução de preços se tornarem seus carros mais sustentáveis.
Uso do FGTS para reduzir o custo do crédito: Uma das ideias em discussão é a utilização do FGTS como garantia para reduzir o custo do crédito.
Motoristas de aplicativo podem ser os principais usuários: A tendência é que os carros mais simples acabem sendo utilizados principalmente por motoristas de aplicativos de transporte.
Expectativa de aumento de empregos: O governo e as empresas esperam que o projeto resulte em um aumento de empregos no setor.
O programa tem como objetivo impulsionar a indústria automobilística brasileira, que tem capacidade para produzir cerca de 4,5 milhões de carros por ano, mas que produziu apenas 2,37 milhões de unidades em 2022. O plano está alinhado com as expectativas de aumento do emprego no setor, com algumas montadoras, como a Volkswagen, já adiando planos de layoff.
Foto: Arquivo/Agência Brasil
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