Câmara de Maringá derruba veto do Executivo em homenagem para ex-vereador

O projeto que dava o nome de Luizinho Gari ao Parque Linear Rio Samambaia havia sido aprovado pelo legislativo semanas atrás.

  • O projeto que dava o nome de Luizinho Gari ao Parque Linear Rio Samambaia havia sido aprovado pelo legislativo semanas atrás, mas não foi sancionado pela Prefeitura. O ex-vereador chegou a responder uma acusação de violência doméstica em 2016.

    Por Victor Ramalho

    A Câmara de Maringá derrubou, durante a sessão dessa terça-feira (9), o veto do Executivo a um projeto de lei que visava homenagear o ex-vereador Luis Steinle de Araújo, o “Luizinho Gari”. O texto, de autoria de Doutor Manoel (PL) dava o nome do ex-parlamentar ao Parque Linear Rio Samambaia.

    O projeto havia sido aprovado no legislativo na última semana de abril e havia sido encaminhado para sanção da Prefeitura, o que não ocorreu. A proposição da homenagem gerou reação negativa e mobilizou entidades ligadas à defesa dos direitos das mulheres.

    Acontece que Luizinho Gari, que foi vereador de Maringá entre 2013-2016, foi preso em março de 2016, acusado de ameaçar a ex-convivente. Ele chegou a permanecer 10 dias na cadeia, mas foi solto após decisão da Justiça. Após deixar a prisão, o ex-parlamentar chegou a responder uma Comissão Processante (CP) do Legislativo. Ele morreu em setembro de 2021, aos 43 anos, vítima de um AVC.

    O Fórum Maringaense de Mulheres publicou uma nota de repúdio contra a homenagem a Luizinho em abril. A manifestação foi apoiada pelo Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres de Maringá (CMDMM), que pediu à Prefeitura que não sancionasse o projeto.

    O texto voltou para a Câmara e, nessa terça-feira (9), o legislativo decidiu não aprovar o veto do Executivo. Foram 10 votos a 5. Apoiaram a manutenção do veto, ou seja, não conceder a homenagem, os vereadores Alex Chaves (MDB), Adriano Bacurau (Rede), Mario Verri (PT), Professora Ana Lúcia (PDT) e Sidnei Telles (Avante).

    Pelo regimento interno do Legislativo, como o veto foi derrubado na Câmara, o texto será promulgado pela própria Câmara e passará a valer como lei assim que publicada.

    Foto: Arquivo/CMM

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