Foto: Renata Stygar
Os segmentos da indústria mineral do Paraná participaram com R$ 37,81 bilhões na economia do Estado em 2021, um incremento de 48% em relação a 2020, quando o setor movimentou R$ 25,52 bilhões. O montante corresponde a 8,68% do Valor Adicionado Fiscal (VAF) do Paraná, que soma a Fabricação de Coque, de Produtos Derivados do Petróleo e de Biocombustíveis (7,44%); Fabricação de Produtos de Minerais Não Metálicos (0,86%); e Indústrias Extrativas de Minerais (0,38%).
Esses são os dados mais recentes e constam no Informe Mineral 02/2023, divulgado nesta quarta-feira (03) pela Divisão de Geologia – Diretoria de Gestão Territorial – do Instituto Água e Terra (IAT).
O crescimento expressivo do segmento ajudou a alçar o Paraná ao posto de quarto maior Produto Interno Bruto (PIB) entre as 27 unidades da Federação, ultrapassando o Rio Grande do Sul. Fez ainda com que a fabricação de Coque, de Produtos Derivados do Petróleo e de Biocombustíveis, com movimentação de R$ 32,39 bilhões, encostasse na fabricação de Produtos Alimentícios (R$ 32,93 bilhões) como as principais divisões da Indústria de Transformação do Estado em valor agregado.
A extração de minerais não metálicos está presente em 164 municípios e toda a produção primária é, praticamente, transformada no próprio Estado. As oito principais cidades na composição do VAF da indústria extrativa de minerais não metálicos em 2021 foram Rio Branco do Sul (15,94%); Almirante Tamandaré (8,57%); Ponta Grossa (7,27%); Castro (5,40%); Quatro Barras (5,12%); Colombo (4,18%); Cerro Azul (3,50%) e Paranaguá (3,47%), que responderam por 53,45% do total.
Em número de estabelecimentos e de empregos, as indústrias de extração mineral e a de produtos de minerais não metálicos participaram, em 2021, com 4,79% dos empregos industriais (35.318 vagas) e com 8,75% dos estabelecimentos industriais (3.090 unidades).
“A construção civil, alimentada pelos produtos da indústria extrativa e de transformação de produtos minerais não metálicos, provê à sociedade a infraestrutura que ela necessita”, disse o diretor de Gestão Territorial do IAT, Ricardo Serfas.
“Mais importante do que a participação da indústria extrativa e de transformação de minerais não metálicos na economia do Paraná, é o reconhecimento de que os recursos minerais são absolutamente imprescindíveis para sustentação da sociedade moderna e fornecem as matérias-primas para a elaboração de produtos que a sociedade necessita para o seu bem-estar e qualidade de vida”, acrescentou.
No Paraná, a extração de minerais não metálicos engloba a exploração de areia; rochas para produção de brita e ornamentais; rochas carbonáticas para a produção de cimento, cal, corretivo agrícola e outros usos; argilas para as indústrias de cerâmica vermelha (produtora de tijolos e telhas), cerâmica branca (produtora de revestimentos, louças de mesa e sanitária), de materiais refratários utilizados especialmente para revestimento de fornos e outros usos; além de água mineral; fluorita; talco, cascalho, saibro; seixos; feldspato; argilito; filito e serpentinito.
INDUSTRIALIZAÇÃO – Na fabricação de Produtos de Minerais Não Metálicos, foram 297 os municípios paranaenses com participação no Valor Adicionado Fiscal (VAF), com destaque para Rio Branco do Sul (26,98%), Balsa Nova (10,46%), Campo Largo (10,24%), Adrianópolis (6,92%), Colombo (6,10%), Curitiba (5,59%), São José dos Pinhais (5,31%), São Mateus do Sul (2,62%), Almirante Tamandaré (2,39%) e Castro (1,64%).
Na composição do Valor Adicionado Fiscal (VAF) das Indústrias Extrativas de Minerais (R$ 1,65 bilhão), a Extração de Minerais Não Metálicos é responsável por 68,55%, e está presente em 164 municípios. A Extração de Petróleo e Gás Natural participou com 23,06%, referentes à exploração do xisto pirobetuminoso e de Extração de Minerais Metálicos com 5,59%, produto da exploração de ouro e prata em Campo Largo. A Extração de Carvão Mineral corresponde a 1,69%, em Figueira, e as atividades de apoio à Extração de Minerais com 1,12%, presente em sete municípios.
Em 2021, o Valor Adicionado Fiscal (VAF) da Fabricação de Produtos de Minerais Não Metálicos (R$ 3,76 bilhões) correspondeu a 3,33 vezes o VAF da Extração de Minerais Não Metálicos (R$ 1,13 bilhão), ou seja, a transformação da matéria-prima mineral resultou em 3,33 vezes o VAF do insumo mineral, mais serviços tributáveis pelo ICMS.
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