Pai de menina de 2 anos e 7 meses, vítima de estupro e homicídio em Mato Grosso do Sul, fez sete pedidos de ajuda às autoridades em um ano.
Jean Carlos Ocampo buscou auxílio na Polícia Civil, Conselho Tutelar e Defensoria Pública para denunciar as agressões sofridas por sua filha, Sophia de Jesus Ocampo, na casa da mãe. As instituições, no entanto, negligenciaram o caso, e nenhuma medida foi tomada.
Sophia foi encontrada morta em um posto de saúde de Campo Grande, com o pescoço quebrado e o hímen rompido. O padrasto e a mãe da criança, Christian Campoçano Leitheim e Stephanie de Jesus da Silva, foram presos sob acusações de homicídio e estupro de vulnerável.
Jean Carlos Ocampo registrou boletins de ocorrência, denunciou no Conselho Tutelar e procurou a Defensoria Pública para reivindicar a guarda da filha. Contudo, as instituições não agiram de acordo com o que seria esperado em casos como o de Sophia, resultando em um “ping-pong” entre os órgãos responsáveis pela proteção da criança.
Apesar das provas apresentadas pelo pai, como fotos de hematomas e relatos de testemunhas, Sophia continuou sob a guarda da mãe e do padrasto. As falhas das instituições de proteção à criança e ao adolescente contribuíram para o trágico desfecho do caso, evidenciando a urgência de mudanças no sistema de atendimento a denúncias de maus-tratos e violência contra menores.
Foto: Marcelo Victor / Correio do Estado
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