Tragédia no Quênia: Seita que prega jejum para ‘encontrar Jesus’ deixa 58 mortos

O suposto líder da seita, pastor Makenzie Nthenge, acusado de fazer lavagem cerebral em seus seguidores, está preso desde 15 de abril.

  • A polícia do Quênia encontrou mais 26 corpos em área florestal, elevando o número de mortes ligadas à controversa seita religiosa no país, cujos líderes pregam o jejum extremo para “encontrar Jesus”.

    O total de óbitos chegou a 58 nesta segunda-feira (24), após as autoridades iniciarem buscas na mata de Shakahola, perto de Malindi, na semana passada, após denúncia de vala comum com cadáveres de seguidores da Igreja Internacional da Boa Nova.

    Na primeira fase das buscas, foram encontrados 21 corpos, incluindo crianças. Outras 11 pessoas em condições críticas de saúde, entre 17 e 49 anos, foram hospitalizadas. Neste domingo (23), uma mulher foi encontrada viva, mas se recusou a receber primeiros socorros, demonstrando intenção de continuar seu jejum até a morte.

    Equipes de resgate continuam a busca por possíveis corpos na área de 320 hectares de floresta, agora considerada uma cena de crime. O ministro do Interior do Quênia, Kithure Kindiki, deve visitar o local na terça-feira (25).

    O suposto líder da seita, pastor Makenzie Nthenge, acusado de fazer lavagem cerebral em seus seguidores, está preso desde 15 de abril. Ele já havia sido detido e indiciado no mês anterior devido à morte de duas crianças famintas, mas foi liberado mediante pagamento de fiança. Nthenge iniciou uma greve de fome na prisão, e outros seis fiéis também foram detidos. O julgamento está previsto para o início de maio.

    Foto: Reprodução / Youtube

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