A idealização da “Arena WD” é obra da arquiteta e urbanista Carol Scatambulo e fez parte do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da profissional, em 2018. Apesar de ter surgido como uma “brincadeira”, o projeto viralizou nas redes sociais.
Por Victor Ramalho
O ano era 2014 e, com a proximidade da Copa do Mundo que seria disputada no Brasil, muitos estádios tradicionais país à fora, como Maracanã, Mineirão e Beira-Rio passaram por grandes reformulações. Para se adequar ao “Padrão FIFA”, alguns reduziram a capacidade e ganharam chancelas de “arenas multiuso”, parecidas com as que existem no futebol europeu.
As mudanças na arquitetura dos estádios dividiu opiniões. Os mais saudosistas dizem que os palcos futebolísticos “perderam suas essências”, enquanto os contemporâneos defendem a necessidade de olhar para o futuro e vêem as Arenas como um negócio rentável para os clubes e atrativo aos torcedores. Mas e se tivéssemos uma arena nesses moldes em Maringá?
O projeto, ao menos, já existe. E nasceu nessa mesma onda. O desenho da “Arena Willie Davids” é uma idealização da arquiteta e urbanista Carol Scatambulo que, recentemente, voltou a viralizar nas redes sociais. Na onda de reformas que o Estádio Regional Willie Davids passou para receber o Flamengo pela Copa do Brasil, muitos torcedores defenderam uma repaginação geral no local. Foi aí que o projeto da Carol voltou a circular.
“Não custa imaginar como seria se tivéssemos uma Arena em Maringá, eim?”, escreveu um internauta.
A arquiteta apresentou o projeto da Arena como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) em Arquitetura e Urbanismo pela Unicesumar, em 2018. Em entrevista ao Maringá Post, Carol explica que a inspiração veio justamente da Copa do Mundo 2014.
“Eu sempre fui muito apaixonada por futebol, então a ideia de fazer o TCC como sendo uma Arena veio logo no começo do curso! Em 2014 quando estava pra acontecer a Copa, eu pensei “Tá ai meu TCC, uma Arena padrão FIFA!” e pensei em usar o WD por ser algo aqui da cidade mesmo e parecer mais ‘realista'”, afirmou a profissional.
No projeto construído pela arquiteta, a capacidade do WD, que atualmente é de cerca de 20 mil expectadores, seria ampliada para até 35 mil cadeiras. A Arena também foi idealizada pensando em receber outros eventos, como shows e exposições e, nesse caso, a urbanista garante que o local poderia receber até 45 mil pessoas.
“No meu projeto existem inúmeros ambientes que não existem no Willie Davids hoje, como restaurantes, áreas de integração da torcida e área de aquecimento”, explica.
Carol vê com surpresa o fato de seu projeto, que surgiu de maneira “inocente”, ter viralizado nas web. “Confesso que não esperava que iria viralizar assim! Mas logo na época que postei, lá em 2018, já circulava em grupos de esportes… E hoje como o Maringá FC vem trazendo uma sequencia de jogos incrível, acredito que seja um dos maiores fatores pro meu projeto estar em alta”, conta a arquiteta.
Apesar do projeto ter sido idealizado, nunca foi feita uma estimativa de custo para saber a viabilidade de ser implementado na prática. E ela até brinca com a situação. “O custo não cheguei calcular porque, na época, era apenas um TCC e não exigia essa parte! Mas se for preciso, claro, corro atrás (risos)”, finaliza Carol.
Foto: Colaboração/@carolscatambulo.3d
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