Paraná registra o maior crescimento do Brasil nas exportações no 1º trimestre

Produção estadual vendida ao exterior gerou US$ 528,3 milhões a mais de receita nos três primeiros meses de 2023 em relação ao mesmo período do ano passado.

  • Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná 

    De acordo com dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, as exportações paranaenses totalizaram US$ 5,08 bilhões no 1º trimestre de 2023. O valor representa um crescimento de US$ 528,3 milhões em relação ao mesmo período de 2022, quando o Estado exportou US$ 4,56 bilhões, fazendo com que o Paraná registre o maior aumento em valores absolutos nas vendas ao exterior do Brasil nesse período.

    Graças aos bons resultados, o Paraná subiu de sétimo para o quinto estado que mais exportou no primeiro trimestre do ano, ultrapassando o Rio Grande do Sul (US$ 5,03 bilhões) e o Pará (US$ 4,5 bilhões). Quem lidera o ranking é São Paulo, com US$ 15,3 bilhões de vendas aos países estrangeiros entre janeiro e março de 2023.

    Em números proporcionais, a alta das exportações do Paraná foi de 11,6% no primeiro trimestre, marca que coloca o Estado à frente dos demais estados do Sul e do Sudeste do País (confira a tabela AQUI ). A porcentagem foi quase o dobro da registrada em Santa Catarina, que foi a segunda melhor do grupo analisado, com 6% de variação positiva.

    Depois, estão São Paulo (3,2%) e Rio Grande do Sul (0,6%). Minas Gerais manteve os índices do 1º trimestre de 2022, enquanto Rio de Janeiro e Espírito Santo tiveram queda nas exportações de 1,5% e 5,9% respectivamente.

    PRODUTOS – Um dos principais fatores que contribuíram com a melhora da balança comercial paranaense foi o aumento das exportações de cereais, tendo o milho como principal destaque, que saltaram de US$ 78 milhões para US$ 377 milhões, um acréscimo de 381,7% entre os dois trimestres analisados.

    Outros produtos com impacto significativo na elevação das vendas ao exterior no período foram o óleo de soja bruto, o farelo de soja e a carne de frango in natura, com variações positivas de 120%, 30,8% e 23,9% respectivamente

    Segundo o diretor-presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Jorge Callado, as taxas de crescimento das exportações estaduais poderão ter crescimentos ainda mais relevantes nos próximos meses por causa da aceleração dos embarques dos grãos de soja.

    “Devido a um regime de chuvas mais intenso no início deste ano, houve um atraso na colheita da soja, o que deverá deslocar uma parcela importante das exportações da oleaginosa para o 2º trimestre”, explica.

    COMPRADORES – Entre os principais destinos da produção paranaense, quem lidera é a China, que importou US$ 779 milhões em bens produzidos no Estado apenas nos três primeiros meses do ano. Apesar de o valor representar 17,2% a menos em relação ao mesmo período de 2022, o país asiático ainda responde por 15% do mercado consumidor.

    Por outro lado, as exportações estaduais para a França, Japão, Argentina e o México aumentaram 177,4%, 172,5%, 47,3% e 38,7%, respectivamente, mais do que o suficiente para compensar a diminuição das vendas ao mercado chinês.

    ACUMULADO – Os portos do Paraná são a principal porta de saída das exportações. No primeiro trimestre deste ano (janeiro a março) foram movimentadas 14.109.999 toneladas nos dois sentidos: de exportação, foram 8.778.706 toneladas (62,2% do total) e de importação, 5.331.293 toneladas (37,8% do total). O volume total é 0,2% superior em relação primeiro trimestre de 2022, que registrou 14.079.296 toneladas.

    Crescimento das exportações no trimestre (comparativo de 2022 e 2023):

    Paraná: US$ 528.292.789,00
    São Paulo: US$ 468.602.647,00
    Mato Grosso: US$ 330.013.445,00
    Santa Catarina: US$ 150.998.295,00
    Alagoas: US$ 142.618.913,00
    Mato Grosso do Sul: US$ 102.266.707,00
    Amazonas: US$ 34.154.691,00
    Rio Grande do Sul: US$ 32.381.227,00
    Piauí: US$ 31.890.977,00
    Paraíba: US$ 31.312.632,00
    Distrito Federal: US$ 27.062.442,00
    Rondônia: US$ 21.295.975,00
    Maranhão: US$ 14.415.872,00
    Sergipe: US$ 14.090.549,00
    Minas Gerais: US$ 643.729,00
    Acre: – US$ 8.238.993,00
    Amapá: – US$ 12.398.569,00
    Roraima: – US$ 30.786.874,00
    Ceará: – US$ 50.259.014,00
    Rio Grande do Norte: – US$ 76.460.029,00
    Tocantins: – US$ 85.757.351,00
    Espírito Santo: – US$ 123.399.617,00
    Bahia: – US$ 135.047.655,00
    Pernambuco: – US$ 145.208.402,00
    Rio de Janeiro: – US$ 156.159.962,00
    Pará: – US$ 318.951.397,00
    Goiás: – US$ 404.456.095,00

    Exportações em números absolutos no trimestre:

    São Paulo: US$ 15.313.436.382
    Rio de Janeiro: US$ 9.948.632.382
    Minas Gerais: US$ 8.894.541.693
    Mato Grosso: US$ 7.784.909.906
    Paraná: US$ 5.083.511.043
    Rio Grande do Sul: US$ 5.031.411.237
    Pará: US$ 4.503.659.265
    Goiás: US$ 2.766.695.757
    Santa Catarina: US$ 2.672.118.259
    Bahia: US$ 2.472.817.224
    Mato Grosso do Sul: US$ 2.033.298.651
    Espírito Santo: US$ 1.953.267.635
    Maranhão: US$ 1.103.309.401
    Rondônia: US$ 673.939.870
    Pernambuco: US$ 585.415.116
    Ceará: US$ 499.360.507
    Tocantins: US$ 415.956.036
    Alagoas: US$ 295.239.378
    Piauí: US$ 223.334.141
    Amazonas: US$ 217.902.826
    Rio Grande do Norte: US$ 143.193.662
    Distrito Federal: US$ 103.037.288
    Roraima: US$ 72.918.657
    Paraíba: US$ 66.647.687
    Amapá: US$ 49.780.418
    Sergipe: US$ 30.902.660
    Acre: US$ 10.680.654

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