Em três anos desde o início da pandemia, o debate sobre o melhor modelo de trabalho continua. Embora muitos profissionais prefiram o home office, executivos e empresários demonstram crescente desconforto com a ausência de funcionários no ambiente corporativo. Questões como perda de cultura organizacional e eficiência estão entre os principais motivos.
Grandes empresas de tecnologia, como Meta e Twitter, estão liderando a mudança para modelos de trabalho mais presenciais. Mark Zuckerberg, por exemplo, destacou em uma carta aberta aos funcionários da Meta que os colaboradores que trabalham presencialmente apresentam melhor desempenho em comparação aos que atuam remotamente. Elon Musk, após adquirir o Twitter, também aboliu o trabalho remoto na empresa.
No Brasil, a XP Investimentos já indicou que o trabalho remoto não tem sido benéfico para o desempenho da companhia. Segundo Lucas Oggiam, diretor executivo do PageGroup, o home office será cada vez menos comum nos próximos anos, à medida que as empresas adotam modelos híbridos ou até mesmo presenciais.
Dados recentes do LinkedIn mostram uma queda nas ofertas de emprego em home office, de 40% em fevereiro de 2022 para 25% no mesmo período de 2023. Porém, o interesse dos profissionais por essa modalidade de trabalho não diminuiu na mesma proporção, criando um desequilíbrio entre empregadores e empregados. Uma pesquisa da Robert Half revela que 57% dos profissionais empregados estariam dispostos a procurar um novo trabalho caso a empresa optasse pelo retorno 100% presencial.
Especialistas em recrutamento enfatizam a importância de avaliar a produtividade e os custos associados ao retorno ao trabalho presencial. As empresas também devem levar em conta as preferências e necessidades dos funcionários, bem como adaptar-se às mudanças no mercado.
Para determinar o modelo de trabalho ideal, é fundamental considerar aspectos como a cultura organizacional, as expectativas dos clientes, as necessidades dos funcionários e as características da empresa. Observar a movimentação de empresas do mesmo segmento também pode ser útil, mas é importante adaptar-se ao contexto específico de cada organização. A flexibilidade é essencial para garantir a competitividade no mercado atual.
Imagem: Freepik / Foto criada por @Drazen Zigic
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