Elon Musk, fundador da SpaceX e Tesla, comparou os usuários do Twitter a produtos em um armazém durante uma entrevista à BBC. A conversa abordou diversos aspectos da gestão do Twitter desde a compra da rede social em outubro de 2022.
Musk admitiu que seguiu com a aquisição da plataforma por US$ 44 bilhões, mesmo sem saber exatamente a proporção de usuários falsos e robôs, porque acreditava que perderia um processo legal para desistir do acordo.
Musk comentou sobre a moderação de conteúdo no Twitter e como a eliminação de bots contribuiu para a redução da desinformação. Ele reforçou a ideia da rede social como uma praça pública digital que promove a liberdade de expressão, citando o retorno do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, à plataforma.
No entanto, a experiência de usuários e especialistas nos últimos meses inclui mudanças erráticas, lentidão, bugs, falta de moderação de conteúdo e um sistema de assinatura caro e com poucas vantagens.
Em relação à saúde financeira da empresa, Musk revelou que o Twitter esteve próximo da falência no fim do ano passado, mas poderá ficar no azul em questão de meses.
Segundo ele, anunciantes que haviam deixado a plataforma estão quase todos de volta. “Se a Disney se sente confortável em anunciar seus filmes para crianças e a Apple se sente confortável em anunciar iPhones, isso indica que o Twitter é um bom lugar para se anunciar”, afirmou.
A transição para o comando de Musk também envolveu a demissão de cerca de 80% dos funcionários da empresa, muitos deles por email e sem aviso prévio. De aproximadamente 8.000, a força de trabalho caiu para 1.500 empregados.
Por outro lado, a plataforma tem sido criticada por fazer vista grossa para conteúdos violentos e pornográficos, como no caso de um conteúdo que faz apologia da violência nas escolas brasileiras, que o Twitter se recusou a retirar do ar.
Foto: Getty Images
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