Alerta sobre a necessidade de manutenção nos refletores já havia sido feito em dezembro do ano passado, mas a contratação só foi realizada na semana do jogo entre Maringá FC e Flamengo, pela Copa do Brasil. Município alega falta de tempo hábil para a montagem de uma licitação.
Por Victor Ramalho
Sem montar um processo licitatório, a Prefeitura de Maringá vai gastar quase meio milhão de reais para a manutenção dos refletores do Estádio Regional Willie Davids. Os reparos, que iniciaram na segunda-feira (10), ocorrem às vésperas do confronto entre Maringá FC e Flamengo, marcado para às 20h desta quinta-feira (13), em jogo válido pela terceira fase da Copa do Brasil.
Conforme o edital de dispensa de licitação publicado na terça-feira (11), no Portal da Transparência, o município vai pagar R$ 494 mil para uma empresa de Santa Fé realizar os reparos nos quatro refletores do Estádio. O valor inclui a aquisição de peças, aluguel de guindaste e também a mão de obra por parte da empresa contratada. Só neste último item, foram quase R$ 100 mil investidos.
A justificativa do município para o processo ocorrer com dispensa de licitação é a falta de tempo hábil para a manutenção ocorrer antes do confronto desta quinta-feira (13) e também do início do Campeonato Brasileiro da Série D.
“Não existe pregão vigente para a contratação do objeto e considerando a necessidade da utilização da pista de atletismo para treinamentos, inclusive noturnos e dos jogos do Copa do Brasil e Série D do Brasileiro que estão programados para o período noturno, com início em Abril de 2023, entendemos que a mesma pode se enquadrar na hipótese de dispensa de licitação prevista no art. 24, inciso II, da Lei 8.666/93”, afirma o município, em documento protocolado no Edital de dispensa de licitação.
No entanto, o mesmo documento tem em anexo um ofício da Secretaria de Esportes e Lazer, datado de 27 de dezembro de 2022, alertando sobre a necessidade de manutenção nos refletores para o uso do estádio em competições noturnas. No ofício, a pasta informava que um curto circuito no sistema havia feito com que os equipamentos deixassem de funcionar. No laudo que consta no Portal da Transparência, a Prefeitura informa o não funcionamento de oito refletores em cada torre, todos já substituídos.
Ainda segundo a Prefeitura de Maringá, o valor investido na manutenção das torres de iluminação já estava previsto no orçamento para 2023 e o valor do edital é considerado dentro dos padrões do mercado. O município alega ter consultado três empresas do ramo, sendo algumas fora de Maringá, antes da contratação ser oficializada.
Imagem Ilustrativa/Arquivo/PMM
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