Quando apresento ao paciente, no consultório, a necessidade e a possibilidade de realizar os seus exames na Sala de Hemodinâmica, vejo surgir nos seus olhos, um certo temor e logo uma grande dúvida, o que seria exatamente essa nova tecnologia?
É preciso lembrar que, a primeira experiência com o cateterismo, foi realizada em 1929 na Alemanha, pelo cirurgião cardíaco Werner Forssmann, em um experimento realizado em seu próprio corpo. Foi o primeiro cateterismo de que temos notícia, na história da medicina.
Depois disso, a evolução foi frequente, com o surgimento de novos equipamentos e ferramentas que possibilitaram chegar até a Hemodinâmica, como conhecemos hoje. Outras especialidades médicas também fazem uso da técnica, como a neurologia, por exemplo.
Nos últimos 30 anos, a cardiologia, foi a especialidade que mais se desenvolveu na área médica. O cateterismo, não é feito apenas para diagnósticos, mas para procedimentos cirúrgicos menos invasivos.
Em terras brasileiras, a primeira experiência aconteceu no final dos anos noventa no Rio de Janeiro e a partir disso, a técnica espalhou pelo país, principalmente nos grandes hospitais, nos grandes centros e aos poucos foi se expandindo e hoje, está por todo o país.
Assim, desde então, se usa o cateterismo para solução da doença e não somente para fins de diagnóstico. O paciente faz o exame e pode ser tratado no mesmo processo com a Hemodinâmica. Assim, com certeza podemos dizer que essa é uma área de atuação, que propõe diagnosticar e tratar disfunções neurológicas, endovasculares e cardiológicas, como obstruções, aneurismas e tromboses.
Equipamentos de última geração na captação e gravação de imagens, estão acoplados a uma câmera que é introduzida no paciente através da inserção do cateter na artéria que pode ser radial, femoral ou branquial, sendo conduzido até o coração, e assim, o conjunto de Angiógrafo, Tomógrafo e Ultrassom dispensam a realização da cirurgia tradicional de alta complexidade.
Durante o exame é realizado o monitoramento básico das principais funções do paciente, como a saturação de pulso de O2, pressão arterial invasiva e não invasiva, pressão venosa central, frequência cardíaca, frequência respiratória, eletrocardiograma contínuo, temperatura e diurese.
A principal característica desta tecnologia é que, diminui o tempo de permanência ou internação do paciente em hospital, e os riscos da própria cirurgia. Atualmente cerca de 70% das cirurgias de desobstrução coronária, por exemplo, são feitas na Hemodinâmica. A técnica, dependendo da via arterial que for feita, pode permitir que o paciente fique um máximo de seis horas no hospital e, em noventa por cento dos casos, a alta acontece logo após a realização do exame.
São dezenas de procedimentos permitidos à Hemodinâmica com destaques à cardiologia intervencionista, angioplastia coronária cutânea, angiologia primária no infarto agudo do miocárdio, valvoplastias aórtica e mitral, fechamento de comunicações inter cardíacas com implante de prótese, cateterismo cardíaco para diagnóstico, inserção de balão intra aórtico, marca-passo cardíaco, cineangiografias e cineangiocoronariografias, entre outros.
Nos procedimentos feitos na Hemodinâmica, existem riscos, mas, por ser pouco invasiva, o mais comum é surgir algum incomodo, hematoma ou pequeno sangramento no local onde se introduziu o cateter.
O ideal é você agendar uma consulta em nosso consultório, a partir de uma avaliação preliminar criteriosa, faremos uma série de exames para checar a saúde do seu coração e lhe dar uma vida tranquila, ao lado daqueles que você ama.
Foto: Reprodução / Gov.br
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