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Em um estudo realizado pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) com 118 pessoas saudáveis de diferentes faixas etárias, pesquisadores descobriram que os prejuízos causados pelo envelhecimento no controle da frequência cardíaca em repouso e na aptidão cardiorrespiratória se tornam mais evidentes a partir dos 60 anos. A pesquisa, publicada na revista Scientific Reports, foi financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
O estudo analisou três componentes-chave do envelhecimento: metabolismo, modulação autonômica cardíaca e aptidão cardiorrespiratória. A professora Aparecida Maria Catai, coordenadora da pesquisa, destaca a importância do envelhecimento como um fator que afeta vários sistemas orgânicos e a necessidade de estudá-los de maneira integrada.
Os pesquisadores identificaram que algumas alterações nos níveis séricos de metabólitos, como o ácido hipúrico, podem estar relacionadas aos mecanismos homeostáticos que ajudam a manter o equilíbrio do organismo. O aumento significativo do ácido hipúrico entre os 60 e 70 anos pode estar associado à diversidade da microbiota intestinal e à saúde metabólica, podendo ter um possível efeito protetor sobre as células beta do pâncreas.
Além disso, o estudo observou a redução de aminoácidos essenciais, como valina, leucina e isoleucina (BCAAs), no envelhecimento saudável. Étore de Favari Signini, bolsista de doutorado da Fapesp e primeiro autor do artigo, explica que a redução da atividade anabólica, ligada aos BCAAs, também pode ter efeitos benéficos no contexto de envelhecimento.
O estudo fornece informações valiosas sobre as mudanças metabólicas relacionadas ao envelhecimento e pode contribuir para o desenvolvimento de novas estratégias direcionadas à redução dos efeitos deletérios do processo de envelhecimento.
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