Eleonora Monteiro é uma psicóloga que trabalha no desenvolvimento de pessoas em empresas. Em uma entrevista exclusiva ao Maringá Post, ela fala sobre um novo modelo de gestão que leva a perspicácia da psicologia para a área dos negócios.
Ela afirma que o melhor estilo de gestão é aquele em que o gestor olha primeiro para si mesmo.
É um fato que todo gestor deseja ter os melhores funcionários com os melhores resultados, mas, para conseguir isso, é preciso, primeiro, reconfigurar a própria função.
Para Eleonora, a primeira coisa a se pensar em um modelo revolucionário de liderança, é que o líder é a pessoa que mais precisa estar emocionalmente centrado – afinal, ele é quem vai servir de exemplo para o restante da equipe, sendo capaz de ensinar e orientar a todos.
Caso contrário, quando o gestor não é capaz de regular as próprias emoções, ele tem mais chances de descontar na equipe, tornando hostil o ambiente de trabalho, o que, consequentemente, afeta os resultados.
Eleonora explica que, nos últimos tempos, ela tem percebido um crescimento no número de pessoas que questionam suas escolhas de trabalho, ou que deixam seus empregos por causa de uma gestão mal desenvolvida – devido a altos níveis de ansiedade, estresse e pressão.
Portanto, existe uma demanda por parte dos colaboradores, de uma pessoa que possa compreender esse estado emocional. Um líder mais acolhedor, receptivo e, enfim, mais humano.
Essa não é uma tarefa fácil, já que exige uma condição de vulnerabilidade do gestor – de entender os próprios limites e falhas.
Mas, ao mesmo tempo, é uma atitude libertadora. Quando o líder se coloca numa posição de aprendiz, aceita e compreende isso, o trabalho se torna menos estressante, porque ele está cuidando de si mesmo, o que permite que ele cuide de seus colaboradores. Além disso, um líder centrado é capaz de performar e produzir muito mais. Resumindo, todos são beneficiados.
Veja a entrevista completa com Eleonora Monteiro a seguir:
Foto: Freepik
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