Pesquisadores da Universidade Cornell, em Nova York (EUA) relatam ter desenvolvido uma nova técnica de fertilização in vitro, que poderia permitir que pais escolham o sexo de seus filhos.
De acordo com o estudo, publicado na revista científica PLOS One, o procedimento aparenta ser seguro e tem obtido resultados com 80% de eficácia.
A técnica se baseia na densidade do esperma, já que o cromossomo X (determinante para o sexo feminino) é ligeiramente mais pesado do que Y (determinante para o sexo masculino).
O teste foi conduzido em dois grupos – 59 casais que desejavam um bebê do sexo feminino e 46 casais que desejavam um bebê do sexo masculino.
No primeiro grupo, a técnica resultou em 79,1% (231/292) de embriões femininos, resultando no nascimento de 16 meninas sem nenhuma anormalidade.
Já para o segundo grupo, a técnica funcionou para 79,6% dos participantes, resultando no nascimento de 13 meninos saudáveis.
QUESTÕES ÉTICAS
A seleção do sexo, entretanto, ainda levanta sérias preocupações éticas, e o ato de selecionar embriões com base no sexo é ilegal em muitos países.
Nos Estados Unidos, por exemplo, não há restrições quanto ao uso de tecnologia para escolher o sexo de uma criança antes do nascimento. Já no Brasil, só é permitido que a escolha seja feita em caso de doença relacionada ao sexo. Caso contrário, o sexo do bebê deve ser determinado aleatoriamente.
Imagem: Freepik / Foto criada por @serhii_bobyk
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