O uso do tiro com arco é uma das práticas mais antigas da humanidade. Embora não se saiba exatamente quando os objetos foram criados, existem evidências de que o arco e flecha existe desde a Pré-História, a princípio usado para a caça.
Além disso, o arco e flecha foi utilizado, por muito tempo, como uma arma para a guerra. No entanto, a partir do século 17, na Inglaterra, o arqueirismo passou a ser considerado uma modalidade esportiva. Hoje, o tiro com arco é uma grande prática recreativa e cultural apreciada no mundo todo – e, em Maringá, isso não é diferente.
Fundada em 2014, a AMAF (Associação Maringaense de Arco e Flecha) é uma associação voluntária e sem fins lucrativos, que oferece aulas gratuitas de tiro com arco e desenvolve trabalhos para o esporte de alto rendimento.
Desde então, a equipe já conseguiu reconhecimento mundial no arco e flecha. No mês passado, a AMAF participou do Campeonato Mundial de Arco e Flecha, na Inglaterra. A experiência de competir fora do país foi totalmente diferente do que os atletas maringaenses estavam acostumados, tanto na questão das condições climáticas – uma vez que o frio pode interferir no equipamento e no disparo das flechas – como também na tensão em enfrentar os melhores competidores do mundo.
Mesmo com esses desafios, os atletas da AMAF não se intimidaram e mostraram todo o seu potencial, trazendo seis medalhas para casa. Depois do campeonato mundial, a equipe voltou ao Brasil com dois campeões mundiais, três vice-campeões e um terceiro lugar, além de cinco recordes sul-americanos e seis recordes brasileiros.
“A sensação foi incrível. A competição contou com 31 países e 498 atletas, e nossa equipe fez muito bonito, mesmo com poucos recursos e levando desvantagem em tipo de equipamento. Conseguimos um excelente resultado. Essa foi a nossa maior conquista até agora”, conta Alcino Trossini Junior, fundador e técnico da AMAF.
No entanto, nem tudo é glamour. Apesar da habilidade inegável e dedicação inabalável dos arqueiros maringaenses, a AMAF ainda tem um grande obstáculo, que a maioria dos atletas brasileiros têm em comum: a falta de patrocínio.
Para chegar à competição mundial na Inglaterra, os membros da AMAF buscaram os mais diversos meios para arrecadar fundos e conseguir patrocínio: vendendo trufas, pizzas, rifas, fazendo bingo e jantares – tudo para continuar com o sonho do arco e flecha.
Agora, a AMAF se prepara para o próximo desafio – focando nas etapas do campeonato brasileiro e se preparando para o BIAC (Brazilian Indoor Archery Championship) 2023, que vai acontecer em dezembro na cidade de Campinas (SP).
PROJETO DESPERTARCO
O maior objetivo da AMAF é trazer mais pessoas para o esporte de tiro com arco. Para isso, a associação tem o projeto social Despertarco – uma iniciação esportiva que atende crianças e jovens de 11 a 18 anos com aulas gratuitas de tiro com arco.
As aulas são às terças e quintas-feiras, das 19:30 as 21:00 no ginásio do Parque do Japão. Aqueles que estiverem interessados podem fazer uma aula experimental e conhecer mais sobre o arco e flecha.
Foto: Divulgação / PMM
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