Em 2022, o estado do Paraná registrou um aumento no número de crianças desaparecidas, com 182 boletins de ocorrência, uma alta de 14,5% em relação ao ano anterior, segundo dados do Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride).
Em média, uma criança desapareceu a cada dois dias no estado.
A delegada titular do Sicride, Patrícia Conceição Nobre Paz, ressalta que esse aumento era esperado, pois durante a pandemia, os pais ficaram mais em casa e muitos casos de desaparecimentos envolvem crianças que estão sozinhas.
Ela também observa que as ocorrências estão abaixo do patamar pré-pandêmico.
A delegada destaca que o Sicride vem dando atenção especial aos casos que envolvem a internet, pois muitos criminosos e pedófilos se aproveitam desse ambiente virtual para persuadir as crianças a saírem de casa.
Para evitar que isso aconteça, ela sugere que os pais conversem com as crianças e adolescentes, busquem orientações e saibam o melhor modo de abordar cada assunto para que a criança confie neles e possa contar o que acontece.
Além disso, a delegada destaca que, mesmo com todo o cuidado, às vezes os jovens podem estar fazendo algo escondido, mas normalmente eles vão dar algum sinal ou indicativo.
Segundo Patrícia, é essencial que os responsáveis registrem um boletim de ocorrência notificando o possível desaparecimento às autoridades tão logo notem que há algo fora do comum.
Mesmo que a situação seja resolvida logo em seguida, o registro da ocorrência é importante, pois a primeira investigação é feita e, caso a criança reapareça, o boletim é dado baixa.
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