O Congresso negociou com o PT e terá um valor recorde em emendas neste ano, somando R$ 46,3 bilhões para os parlamentares.
Esse montante, que supera o de 2020, apesar do STF ter banido o uso das emendas de relator no fim de 2022, sinaliza um estreitamento na margem de negociação do Executivo, tornando deputados e senadores menos dependentes do Palácio do Planalto para executar obras em seus redutos eleitorais.
Além disso, o Congresso ainda turbinou outro mecanismo, as emendas de comissão, que saltaram de aproximadamente R$ 400 milhões no ano passado para cerca de R$ 7,6 bilhões no primeiro ano do novo governo Lula.
O dinheiro será dividido de acordo com alianças políticas, mas o Palácio do Planalto tem oferecido também cargos de segundo e terceiro escalão, principalmente a deputados, na tentativa de ampliar a base no Congresso.
Reconstruir a base, no entanto, tem se mostrado mais difícil diante de um Congresso eleito mais à direita e com líderes alinhados a Bolsonaro.
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