O Corpo de Bombeiros da Grécia informou nesta quinta-feira (2) que o número de mortos no pior acidente ferroviário da história do país subiu para 43. O choque de dois trens que trafegavam na mesma via em direções opostas ocorreu na noite de terça-feira, na região central da Grécia.
As equipes de resgate trabalharam incansavelmente durante a segunda noite consecutiva, mas as chances de encontrar sobreviventes diminuem a cada hora. A porta-voz do Corpo de Bombeiros reconheceu que “o tempo não está do nosso lado”.
O gerente da estação, que estava de serviço no momento do acidente, foi detido e deve comparecer a uma audiência nesta quinta-feira para explicar como um trem de passageiros com mais de 350 pessoas a bordo pôde trafegar na mesma via que um trem de carga por vários quilômetros.
Ele deve ser acusado de homicídio culposo e pode pegar prisão perpétua. Os cidadãos de Atenas acusam o governo de falta de investimento em uma malha ferroviária precária.
O acidente ocorreu perto de um túnel próximo à cidade de Lárissa. Dois vagões ficaram esmagados e um terceiro pegou fogo com pessoas presas dentro. Sobreviventes relataram cenas de horror e caos, tendo que passar por vidros quebrados e destroços para sair dos vagões.
Equipes de emergência afirmam que nunca testemunharam uma tragédia dessa magnitude. Muitos corpos foram encontrados carbonizados e alguns passageiros foram identificados por partes de seus corpos.
O primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis anunciou uma investigação profunda sobre a tragédia e decretou três dias de luto nacional. O ministro dos Transportes pediu demissão poucas horas após o acidente. Ainda há dúvidas sobre a causa do acidente, mas tudo indica que o acidente foi causado por um trágico erro humano.
Imagem: Reprodução
A local train station master has been arrested over the train crash in Greece that killed at least 36 people and injured dozens. The man denied any wrongdoing and attributed the accident to a possible technical failure https://t.co/IhEJ2eKEDh pic.twitter.com/RVE50d5UhV
— Reuters (@Reuters) March 1, 2023
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