Médico da UEL é acusado de importunação sexual contra pacientes

Nos últimos dias, ao menos seis mulheres usaram as redes sociais para denunciar os casos. Uma denúncia formal foi protocolada na Procuradoria Jurídica da UEL na última semana

  • Nos últimos dias, ao menos seis mulheres usaram as redes sociais para denunciar os casos. Uma denúncia formal foi protocolada na Procuradoria Jurídica da UEL na última semana

    Um médico ginecologista da Universidade Estadual de Londrina (UEL) está sendo acusado de importunação sexual contra pacientes. Ao menos seis mulheres usaram as redes sociais, nos últimos dias, para relatar os abusos. 

    O acusado é Mário Sérgio Azenha de Castro, que atende na Divisão de Assistência à Saúde da Comunidade (Dasc) da UEL, órgão que fornece atendimento gratuito para estudantes e servidores da instituição. Azenha faz parte do quadro de servidores da Universidade desde 1995.

    O caso mais recente teria ocorrido no dia 14 de fevereiro. Na ocasião, a vítima afirmou ter procurado a unidade para fazer um exame preventivo de colo de útero. Ao Estadão, ela relatou que, durante a consulta, o médico começou a falar sobre posições sexuais enquanto gesticulava com as mãos. Após o relato da paciente, que preferiu não se identificar, viralizar nas redes sociais, outras mulheres começaram a relatar casos semelhantes que teriam ocorrido nos últimos anos, durante consultas com o especialista.

    O caso do dia 14 de fevereiro foi relatado à Polícia Civil e à Universidade Estadual de Londrina. A instituição se manifestou por meio de nota, afirmando que “todos os procedimentos serão tomados considerando o disposto no Estatuto e Regimento Interno, que orienta as normas de conduta da comunidade universitária”. 

    Ainda segundo a UEL, o professor permanece atendendo na Dasc. Um eventual afastamento só poderá ocorrer mediante parecer da Procuradoria Jurídica da instituição. Leia a nota da UEL na íntegra:

    “A Procuradoria Jurídica da UEL aguarda o recebimento da denúncia oficializada semana passada junto à Ouvidoria do Hospital Universitário (HU) e informa que todos os procedimentos serão tomados considerando o disposto no Estatuto e Regimento Interno, que orienta as normas de conduta da comunidade universitária, no exercício das atividades. Caberá à Procuradoria Jurídica realizar o levantamento inicial dos fatos e checagem dos envolvidos para instrução do procedimento, que deve ser submetido ao Gabinete da Reitoria e posteriormente ao Conselho Universitário, órgão máximo da Universidade.

    A UEL reitera seu compromisso em zelar e difundir o respeito à dignidade humana e que não compactua com qualquer forma de violência física, psicológica ou constrangimento contra a mulher, que possam ofender sua saúde, integridade física ou ainda provocar danos emocionais”. 

    A reportagem não conseguiu contato com o doutor Mário Sérgio Azenha. O espaço segue aberto para manifestação.

    Imagem Ilustrativa/Arquivo/UEL

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