Preso na Tailândia há 1 ano, jovem de Apucarana pode receber ‘perdão real’ em agosto

Jordi Vilsinski Beffa, de 25 anos, está preso em Samut Prakan desde fevereiro de 2022, após tentar entrar no país com 6,5 quilos de cocaína.

  • A informação é do advogado que representa a família no Brasil. Jordi Vilsinski Beffa, de 25 anos, está preso em Samut Prakan desde fevereiro de 2022, após tentar entrar no país asiático com 6,5 quilos de cocaína

    Por Victor Ramalho

    O jovem Jordi Vilsinski Beffa, de 25 anos, morador de Apucarana que foi preso no Aeroporto de Bangkok, na Tailândia, em fevereiro de 2022, está na expectativa de receber um ‘perdão real’ em agosto. A informação é do advogado que representa a família no Brasil, Petrônio Cardoso, que conversou com a reportagem do Maringá Post nesta quarta-feira (15).

    A prisão de Jordi completou 1 ano na terça-feira (14). Na ocasião, o rapaz foi detido após tentar entrar no país asiático com 6,5 quilos de cocaína, divididos em duas malas. Ele foi transferido para um presídio na província de Samut Prakan em março e condenado, em agosto do ano passado, a 7,5 anos de prisão.

    De acordo com o advogado, a sentença do jovem prevê progressão de pena. Atualmente, o paranaense realiza trabalhos internos dentro do presídio para auxiliar no processo. A expectativa é de que, em agosto, Jordi possa receber o chamado ‘perdão real’, que na Tailândia equivale ao indulto de Natal praticado no Brasil.

    Desde que ele foi preso no país asiático, em 2022, a defesa trabalhava com a possibilidade de, após a condenação, o rapaz ser transferido para cumprir a pena no Brasil, o que ainda não ocorreu. Ainda de acordo com Petrônio, o jovem mantém contato com a família uma vez por mês, através de videochamada.

    Relembre o caso

    Jordi Vilsinski Beffa, à época com 24 anos, foi detido no Aeroporto de Bangkok, na Tailândia, no dia 14 de fevereiro de 2022. Ele tentava entrar no país com 6,5 quilos de cocaína, divididos em duas malas. No mesmo dia, outros dois brasileiros também foram detidos em Bangkok pelo mesmo crime.

    Conforme as investigações da Polícia Federal brasileira, todos eles embarcaram no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, no dia 13 de fevereiro. A suspeita é que eles tenham sido contratados pela mesma organização criminosa para serem feitos de “mula”, levando a droga até a Ásia. Uma suspeita de chefiar a quadrilha chegou a ser presa pela Polícia Federal em Curitiba, em maio do ano passado.

    Desde a prisão, a audiência de custódia de Jordi e o julgamento precisaram ser adiados em algumas oportunidades, por conta de um surto de Covid-19 que a Tailândia enfrentou no período.

    A primeira audiência ocorreu apenas em maio, cerca de 4 meses após a prisão. O julgamento ocorreu em agosto, condenando o jovem a 7,5 anos de prisão. A condenação, conforme a defesa, estava dentro do esperado.

    Conforme a legislação tailandesa, até alguns anos atrás o tráfico de drogas era passível de pena de morte, possibilidade que chegou a ser ventilada para os brasileiros presos no início do inquérito. No entanto, as leis do país mudaram e, atualmente, a pena máxima prevista é de 20 anos de prisão, de acordo com a substância e quantidade apreendida.

    Foto: Reprodução/Redes Sociais

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